AVISO AOS NAVEGANTES:
Aqui está sendo postada uma fanfic de Harry Potter, com ship Draco/Harry.
Não gosta? Não leia.
Gosta? Seja bem vindo e, por favor, comente!
Sim, essa é a mesma fic que estava sendo postada no fanfiction.net.
Saí de lá, pois o site não me deixava adicionar novos capítulos nem escrever uma nova história, mesmo depois de fazer outro profile e enviar inúmeros emails pedindo ajuda ao suporte. Espero ver todos os meus leitores do outro site, aqui!
Sejam todos muito bem vindos!
A quem ainda não leu, os capítulos se encontram organizados no Arquivo, por número e nome. Estejam à vontade para dar opiniões.
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Parte 3
Dicionário de Língua Portuguesa
Frenesi:
nome masculino
1. Delírio, desvario, tresvario.
2. Entusiasmo delirante; excitação, arrebatamento.
3. Atividade sucessiva; agitação, impaciência, inquietação.
(2) Amar com frenesi.
“Não quer se sentar?”
Indagou enquanto servia outro copo de uísque, dessa vez para Harry. O moreno continuou onde estava, sentado sobre as pernas, no chão, o olhando com fúria. A porta atrás dele havia desaparecido, tornando a ser parede lisa. Draco arqueou a sobrancelha como se lhe perguntasse: Qual é o problema afinal?
“Sabe, eu não envenenei o uísque, nem nada.”
“Seja lá o que for que isso tudo queira dizer, Malfoy, me deixe ir, agora!”
O loiro quis rir. Ao invés disso, levantou-se e caminhou até Harry, parando de pé em frente a ele, com o copo de bebida. Tomou um longo gole e voltou a olhá-lo, girando o copo entre os dedos. O outro se levantou rapidamente, o fitando com expressão enfurecida. Seus olhos de esmeralda brilhavam com confusão e raiva, apreensão, Draco podia ver os músculos tensos em seu pescoço exposto e ele tinha os punhos cerrados, o rosto corado de fúria.
“Voltamos a nos tratar pelo sobrenome? Isso é realmente cansativo, Potter. Decida-se de uma vez.”
“Malfoy. Me deixe ir. Agora.”
O outro repetiu, rangendo os dentes. Draco soltou o ar e voltou a sentar-se, apoiando um tornozelo na outra coxa e deslizou os dedos pelas mechas lisas.
“Não.”
“Malfoy...!”
“Potter.” Ele interrompeu o outro, endurecendo a expressão. Sustentou o olhar rígido de Harry sem tremer nem recear. “O que te faz pensar, que você está no comando aqui? Veja... Você está preso aqui. E não, eu não vou deixá-lo ir.” Revirou os olhos, declarando antes que o outro se manifestasse outra vez. “Portanto, isso lhe deixa duas escolhas. Você pode sentar-se, e obedecer ao meu pedido tão gentil, ou podemos ficar aqui até amanhã, ou depois, ou depois...” e o loiro sorriu deliciado com o próprio sucesso conforme ele podia ver as engrenagens rolando na cabeça do outro, chegando à conclusão de que ele estava certo. Draco sabia e ele sabia, não tinha saída. A sala precisa se ajustava as necessidades das pessoas e o que Draco realmente precisava era manter o outro preso ali, então ele só poderia sair, quando o loiro assim o desejasse. Ninguém de fora sabia o que desejar para abrir a sala e ele não tinha como contatar ninguém. “Eu não tenho pressa alguma. Você não pode aparatar... Está sem a varinha... Mesmo que conseguisse encontrar a porta, as chaves... Inacessíveis. Você só vai sair daqui, quando eu quiser. Por isso, por favor, corte o drama de griffinório ofendido, e faça o que eu mandei. Sente-se.”
“Não podemos ficar aqui pra sempre!”
O moreno ainda exclamou, as unhas cravadas nas palmas, as narinas dilatadas de raiva. Na opinião do loiro ele estava... Adorável.
“E por que não?”
O sonserino indagou. Em complemento a sua fala e seu gesto, em cima da mesinha de centro a sua frente, surgiram bandejas com aperitivos e uma garrafa fechada de vinho com duas taças. O loiro sorriu enquanto começava a servir a bebida nas taças. O uísque tinha desaparecido.
“Mais adequado não acha? Com fome...?”
Indagou, o sorriso torto que tivera desde que conseguira puxar o outro para dentro da sala, não saíra de seus lábios um minuto. Sim. Acontecesse o que acontecesse, o outro estava completa e irrestritamente em suas mãos. A sensação do poder... Era inebriante e deliciosa. Lentamente, como se testando cada passo em direção a um animal selvagem, o outro foi se aproximando, até finalmente sentar-se no divã à sua frente. Ele não relaxou nem por um segundo. Draco não teria desejado de outra forma.
“O que você quer de mim, Malfoy? Fale de uma vez.”
“Sabe, Potter. Foi incrivelmente fácil trazer você até aqui. Depois de todos esses anos, não lhe cresceu nenhum cérebro ainda? Eu nem precisei me esforçar muito.”
Ele podia ver que o outro tinha inúmeras questões. Ele estava curioso sobre o plano de Draco, sobre os detalhes que ele desconhecia, o loiro podia ver isso, contudo sabia também que o outro não lhe perguntaria nada, por mais que quisesse. Era orgulhoso demais para isso. O sonserino pegou a taça de vinho cheia e se inclinou, oferecendo pra ele.
“Vinho...?”
“Malfoy. O que. Você quer. De mim?!”
“Não? É uma pena... Está excelente. E eu estou faminto.” Respondeu, sorrindo enquanto pegava um salgadinho da bandeja e comia vagarosa e educadamente, usando de todo seu treinamento para acabar com a paciência de outrem que adquirira irritando o pai. Ele comeu bem lentamente em mordidas moderadas e limpou os lábios com o guardanapo de linho. “O que eu quero com você...?” Indagou pensativamente, como se refletisse. Pegou a taça, tomando outro longo e lento gole de vinho, deslizando a língua discretamente pelos lábios agora avermelhados e úmidos, ao terminar, olhando o moreno que tremia no sofá, parecendo prestes a saltar sobre ele para espancá-lo. “Eu não sei, Potter. O que eu poderia possivelmente querer de você?” repetiu, dando de ombros levemente e falando em tom displicente. “Você me virou as costas por duas vezes. Por causa da sua existência, boa parte dos amigos que eu tinha, estão mortos ou na cadeia. Minha família quase perdeu tudo, e agora você vem me pedir minha amizade, provavelmente para me virar as costas de novo. Realmente não sei... O que você acha?”
Questionou, arqueando a sobrancelha.
O moreno franziu as suas.
“Vingança?” Replicou como que incrédulo. “Depois de tudo e de todo esse tempo, você veio buscar vingança?”
O loiro inclinou a cabeça para frente e sorriu em resignação.
“Esquecimento” murmurou.
“O que...?”
Ele se levantou, se aproximando do outro enquanto falava.
“Liberdade, Potter. Liberdade da sua maldita existência na minha vida. É isso que eu quero.”
Declarou afinal. Harry demorou algum tempo para processar a informação, fitando o vazio até franzir a testa e baixar a cabeça, crispando os dedos nas palmas, as mãos apoiadas sobre as coxas.
“Só isso.”
“Só... Mas... Você vê. Tem uma coisa me incomodando desde que eu conheci você.”
Ao ouvir isso, o moreno ergueu a cabeça e ao perceber o quão próximo o loiro estava, ficou de pé, fitando-o com confusão.
“Coisa...?” murmurou, parecendo um tanto nervoso pela proximidade do outro.
“É... Um assunto inacabado que eu preciso resolver para poder nunca mais olhar na sua cara.”
Ainda franzindo a testa, parecendo muito confuso, Harry por fim soltou o ar, cansado, e desviou os olhos. O tom verde queimando com irritação, contrariedade e impaciência.
“Seja qual for o joguinho de humilhação, faça de uma vez, Malfoy. Eu estou cansado e só quero ir embora daqui.”
Murmurou de má vontade.
Draco sorriu.
“Mesmo...?”
Indagou com sádica satisfação, num tom tão divertido que fez o outro olhá-lo com surpresa. O loiro deu um passo para frente, Harry se afastou uma vez, de olhos um tanto arregalados. O príncipe Slytherin riu baixo, ainda com o sorriso satisfeito, foi fazendo o outro andar pra trás até bater as costas contra a parede, onde antes havia uma porta. Seu sorriso aumentou e ele arqueou a sobrancelha, com as mãos espalmadas na parede, uma de cada lado da cabeça do moreno.
Trouxe a mão direita até o queixo do outro. Sua expressão era pura malícia. Sua pele ardia por dentro. Ele podia sentir o calor emanando do outro como uma onda escaldante. Harry tinha a respiração alterada e percebeu então, com surpresa, que ele próprio também tinha.
“Não se preocupe, Potter. Vou fazer isso rápido.” E com um sorriso ao deslizar os olhos pelos lábios entreabertos do outro e a pele morena na garganta, que se contraiu quando ele engoliu em seco, acrescentou, sorrindo “Ou não.”
E com um gesto seus lábios estavam nos dele.
A sensação pareceu explodir dentro de Draco. Tanto tempo... Era ainda mais macio do que ele esperava, ainda mais quente. Podia sentir o outro paralisado contra si enquanto apenas permanecia ali, com os lábios apertados nos dele. E então... Muito ínfimo, muito suave, percebeu seus músculos contraídos relaxarem um pouco. Foi o que bastou.
Pôde ouvir sua própria respiração quando envolveu a cintura do outro com os braços, pressionando-o contra si. As formas se encaixaram, o maxilar avançou no dele, buscando qualquer ângulo que permitisse um pouco a mais de contato, um mínimo a mais daquela textura extraordinariamente macia. Um gemido de satisfação se perdeu na umidade quente do outro, tinha lhe encontrado a língua. Não conseguia pensar o suficiente para descrever a si mesmo o que o ocorria, e pouco importava. Não havia mais sequer sombra da resistência passiva. Havia correspondência, ardência, ansiedade, se é que os braços ao redor de seus ombros puxando-o de volta contra aquele corpo, podiam dizer alguma coisa. Desejava desesperadamente avançar e mesmo assim não queria que aquilo acabasse. As línguas se enroscavam, os braços, os dedos nos cabelos negros, os dele nos seus, loiros, o sabor da saliva quente, os lábios esmagados uns contra os outros, não muito diferentes das coxas. Prazer. Um prazer da realização de um desejo tão contido, tão restringido, tão imperdoável. E ainda mais delicioso por isso. Era errado, inexplicável, sem sentido. E era por isso que era maravilhoso.
O gosto desaguou como um vinho forte e doce. O calor parecia aumentar a cada vez que os dedos escorregavam pela coluna delgada, pressionavam-se na cintura, subiam pelo peitoral e a garganta onde o sangue pulsava com força. Ah, sim. Podia sentir a pulsação do outro enlouquecida e sabia que não estava muito diferente. Já não havia espaço entre eles e a parede, nem entre si. Qualquer espaço seria doloroso agora. O calor, o calor. Queria sentir de perto. Tocar, beijar, recolhê-lo com a língua, saboreá-lo inteiro. Na sua ansiedade, a mão escorregou por dentro da camisa, louca para encontrar a pele que ela adivinhava sobre a roupa. Porém ao tocar-lhe a maciez dourada, tudo lhe foi tirado em um segundo.
Foi empurrado pra trás com força e um Harry de lábios entreabertos, ofegante, corado e completamente surpreso, ficou ali parado, o encarando, inspirando em haustos ruidosos, mais altos do que os controlados de Draco. A respiração foi o único som no quarto por um momento. Então o moreno franziu ainda mais as sobrancelhas negras, com os lábios avermelhados, ainda molhados daquele beijo que ele parecia não compreender por mais que tentasse.
“O que inferno...?” Murmurou e não tinha palavras para explicar, ou para entender.
Draco sorriu. Um sorriso satisfeito, predatório, orgulhoso.
“Você ficou louco?!” o moreno exclamou como se de repente a realidade do que acontecera tivesse lhe atingido.
Draco sequer perdeu o sorriso.
Harry agora estava ainda mais corado – de raiva – e isso não lhe era nem um pouco desagradável. Tornou a aproximar-se do outro, completamente controlado, enquanto este ofegava e o fitava como se pudesse assassiná-lo se chegasse mais perto. Segurou-lhe o queixo entre os dedos, fitando aqueles olhos verdes, enquanto respondia calmamente.
“Você não parecia estar achando isso agora a pouco. Na verdade... Parecia estar adorando.”
Debochou, inclinando-se em direção aos lábios avermelhados. Foi empurrado para trás com força, chegando a se desequilibrar um pouco. Arqueou a sobrancelha. Harry respirava rápido e parecia pronto para o próximo ataque.
“Me dê as chaves, Malfoy! Isso já passou dos limites!” ordenou, trincando os dentes.
O loiro revirou os olhos.
“Não me venha fazer de difícil agora, Potter.” Censurou. “Foi você quem disse para eu fazer o que queria de uma vez.”
Funcionou como ele esperava. Havia percebido que o outro achava que o loiro estava apenas zombando dele, antes de dizer o que realmente queria. Viu-o arregalar os olhos, baixando a guarda por um segundo, enquanto entendia o que aquilo queria dizer, e o loiro não desperdiçou aquele instante.
Dessa vez teve mais dificuldade em mantê-lo quieto, todavia não ia deixá-lo escapar. Aquele desejo que sempre lhe formigara a pele, parecia queimá-la por dentro agora, em brasa. Pansy estava errada. Era melhor, ainda melhor do que havia imaginado. Precisava acabar com aquilo, era o único jeito de ter paz e não ia deixar Potter impedi-lo por simples moralismos. Moralismos, pois enquanto tinha os lábios entrelaçados aos cheios do outro, sugando-os, mordendo-os, procurando entrada com a língua, pouco a pouco ia sentindo-lhe cair a resistência.
As mãos já não o empurravam com tanta força, o maxilar não se fazia tão rígido contra o seu, as pernas já não lhe tentavam escapar para chutá-lo, e os golpes em seus ombros eram cada vez mais hesitantes. Até que por fim, os dedos já não se agarram à sua camisa para mantê-lo afastado, mas sim para puxá-lo pra mais perto. O príncipe slytherin gemeu de satisfação ao encontrar a língua macia na sua, sugando-a com avidez extasiada e, ao fazê-lo, pôde sentir toda a nuca do outro arrepiar-se sob seus dedos e ouviu o gemido tímido e reprimido em resposta. Sim, sim. Era aquele Harry que queria. Responsivo, intenso, não hipócrita. Fosse por qual motivo fosse, ele queria tanto quanto o loiro o que estava acontecendo e Draco não ia deixá-lo fingir que não.
Esmagou-lhe a boca na sua como tinha feito momentos atrás. Ah, era bom. Draco parecia estar sempre frio, não importava quantos agasalhos vestisse, era como se seu corpo fosse sempre mais frio do que o normal, nada tão perceptível, algo que apenas o incomodava ligeiramente às vezes. Entretanto, Harry era quente, quente como um banho quente, prazeroso como deitar ao sol num dia gelado. E ele queria senti-lo esquentar ainda mais.
Devorou-lhe a boca até não conseguir mais respirar, até ter explorado cada cantinho de maciez e calor, até ter-lhe roubado todo o sabor. Quando o soltou, ambos ofegavam, mas ele não lhe deu tempo para pensar dessa vez. Logo encontrou caminho na garganta que arfava e começou a fazer uma trilha de beijos molhados, intensos, quentes, mordidas, por todo o pescoço, recobrindo marcas de dentes com saliva quente, sugando a pele entre os lábios e sentindo-lhe a textura, provando de seu gosto. Ele podia sentir o outro tremendo contra si e já não havia sequer menção de tentar afastá-lo. Ele ofegava e Draco podia sentir em sua garganta os gemidos reprimidos que ele continha. Não, não. Não contenha. Era tudo quanto conseguia pensar. Queria ouvir aqueles gemidos, queria ouvi-los até que fossem o único som no quarto.
Enquanto ocupava os lábios, as mãos já encontravam a pele macia, entrando pela camisa sem hesitação dessa vez, sem pedir licença. Espalmando-se pelo abdômen liso, subindo pelas costelas até o peitoral ofegante, encontrando os mamilos arrepiados. Sim... Esfregou-os contra a palma das mãos, e foi quando ouviu o primeiro gemido, era contido, entre as sílabas de seu nome e por isso mesmo soava ainda melhor.
“D-Draco...”
Draco. O loiro sorriu. Draco, não Malfoy. Era assim que ele gostava. Porém havia um aviso naquele chamado que ele não podia ignorar. O outro estava pensando melhor, tentando tomar controle outra vez. Não dessa vez. O moreno havia controlado, direta ou indiretamente, cada coisa em sua vida. Não dessa vez. Num movimento ágil, enfiou a perna entre as suas, roçando a coxa larga contra a virilha do outro, e o segundo gemido que ouviu sequer fazia tentativa de formar uma palavra. Melhor assim.
O loiro subiu com a língua pela pele maltratada, deslizando até atrás da orelha do outro, sentindo a pele se arrepiar contra a ponta da sua língua e sorriu antes de sugar-lhe o lóbulo.
“Assim é melhor... Quietinho.”
Sussurrou, em seu ouvido, e quando fitou seu rosto o que viu o encheu ainda mais de desejo. Harry tentava não olhá-lo, desviando o rosto, as maçãs da face vermelhas, como os lábios e agora como a pele na garganta, a boca entreaberta ofegante, os olhos verdes enevoados de prazer, perdido em si próprio. Era delicioso de assistir. Enquanto uma mão tratava de apertar, puxar e arrepiar ainda mais o mamilo intumescido, a outra descia pela barriga de volta, até encontrar a barra da calça, escorregando por dentro dela. Draco deslizando os lábios pelo maxilar do outro, mordiscando-o, lambendo-lhe a orelha devagar.
“Não é melhor assim?”
Indagou, sorrindo satisfeito. Tinha o outro nas mãos, e sabia.
“N-não... Posso... Dr-Draco. Não...”
Franziu os lábios em desagrado, mas sugou-lhe a orelha de novo, sussurrando depois.
“Shiii....”
Pôde vê-lo arrepiar-se outra vez e satisfeito, deslizou a mão de uma vez, encontrando o volume que já crescia, como ele havia esperado. Fechou os olhos e gemeu baixo. Era tudo muito novo pra ele também, e embora agisse como se soubesse exatamente o que fazia, agia mais por instinto e comparação do que por experiência. Nunca havia ficado com outro homem daquela forma, e não estava nem um pouco arrependido. Porém quando encontrou o que queria, pressionando os dedos com cuidado, perdido na sensação do corpo do outro colado no seu, ele perdeu a concentração e foi o que bastou para o outro empurrá-lo e lhe dar um soco. Foi-lhe tão inesperado, que Draco caiu na cama. Por um segundo franziu a testa, mas depois sorriu. Esfregou o maxilar avermelhado e seu sorriso aumentou. Harry parecia delicioso, a camisa amassada, a calça meio aberta, a respiração completamente fora de controle e no fundo dos olhos que tentavam ser raivosos ele viu o desejo, o prazer que estavam ali há apenas um momento.
“E não é que você realmente aprendeu alguma coisa? Esse não foi ruim...”
“Seu bastard...”
“Mas eu sou melhor!”
Avançou sobre ele como um furacão. Pegando-o de surpresa outra vez, conseguiu prender-lhe o pulso e fazê-lo girar, batendo o rosto contra a parede com as mãos bem seguras atrás de si. Harry tremia, de ódio agora, ele sabia, e tentava freneticamente soltar os pulsos que machucavam os dedos de Draco mas ele não os soltaria. Arfou e o empurrou de novo, para prendê-lo melhor, prensando-o na parede.
“Você pode estar treinando luta corporal desde que entrou para o Ministério, mas eu venho treinando isso a minha vida toda, Potter. Seu treinamento de moleque de rua não vai me vencer.”
Draco era rápido, inexpressivo, nunca dava mostras do que estava prestes a fazer, e por isso raramente perdia. Tinha os pulsos do outro bem torcidos em suas mãos, e com os joelhos, apertava a parte de trás dos do outro, imobilizando-o.
“Bastardo! Me deixe ir! Me solte, seu desgraçado. Vai acrescentar estupro a sua lista de crimes, agora?”
Cuspiu o outro, raivoso. Draco riu.
“Estupro...? Não. Acho que não.”
Afinal, ele não deixara de reparar que Harry tivera muita oportunidade para roubar as chaves, enquanto o loiro tivera as mãos ocupadas e estivera tão perto, e o outro sequer tentara. Não tinha certeza se ele podia encontrar a porta, mas também não sabia se não. Como não tentara de verdade afastá-lo. Aquela sua frase era sua última tentativa de posar de macho. Ele que tentasse. O sonserino deixaria que ele esbravejasse um pouco e depois acabaria com aquela palhaçada. Ofegou de repente, ao sentir o quadril roçar no seu e gemeu baixinho. Pôde sentir o moreno paralisando-se como um coelho assustado e seu sorriso aumentou. Num movimento a frente, pressionou mais forte os quadris de ambos e gemeu rouco perto do ouvido dele outra vez, baixo e profundo. Ele próprio tinha os olhos fechados e quando os abriu, viu que o outro também. Podia senti-lo tremer. Não... Aquilo certamente não era um abuso.
“Até seus xingamentos estão incoerentes. Bastardo? Sinceramente, Potter, você já me arranjou apelidos melhores.” Destilou, fazendo um ar indignado. “Eu posso ser muitas coisas, mas bastardo é algo de que você não pode me chamar, não mesmo. Agora. Nós podemos ficar aqui pra sempre...”
“Ou eu posso te socar até você me dar as chaves.”
Resmungou o outro entre os dentes, como um animal raivoso. Draco soltou o ar, revirando os olhos e liberou as mãos do outro, se afastando em direção a cama, dando a volta nela. Viu o outro virar-se rapidamente, esfregando os pulsos vermelhos sem tirar os olhos do loiro como se ele fora algum animal traiçoeiro, o que talvez não estivesse muito longe da verdade. O sonserino foi até a cama e se esticou nela, apoiando-se na cabeceira, com os dedos cruzados atrás da nuca.
“Vamos fazer um trato então.”
Declarou, dando de ombros.
“E por que eu deveria?”
Draco não se deu ao trabalho de responder, apenas continuou como se não tivera sido interrompido.
“Você se lembra daquela noite... A noite anterior aquele jogo de quadribol?”
Isso distraiu o outro, como o loiro esperava, que franziu a testa e o olhou, confuso.
“Lembro.”
O sorriso do primeiro aumentou.
“E você se lembra... O que teria acontecido, se Pirraça¹ não tivesse passado gritando no corredor...?”
Harry desviou os olhos, subitamente embaraçado.
“Não sei do que está falando...”
Draco o ignorou.
“O trato é esse. Você vem até aqui, nós terminamos o que ficou inacabado e depois... Se você me pedir as chaves eu as entrego pra você.”
Não que ele tivesse qualquer intenção de cumprir o trato, mas se o outro precisava tanto de uma desculpa para apenas relaxar e parar de interrompê-lo, que assim fosse. Era extremamente irritante ouvi-lo dizer “não” quando cada gesto seu gritava “sim”. Draco não tinha paciência praquilo.
“E então...?”
Indagou arqueando a sobrancelha. Harry engoliu em seco. Lentamente, ele caminhou até a cama e sentou-se ao lado do loiro. Primeiro de costas, depois devagar foi se ajeitando na posição de tantos anos atrás, deitado, de barriga pra cima, fitando o teto, com um braço atravessado sobre a testa. O peitoral estava mais ofegante do que Draco se lembrava, e os punhos mais tensos. Isso o fez sorrir. O outro começou a falar, como que para adiar o que achava que Draco faria.
“Nós estávamos conversando... Eu pedi para ver se haviam ficado marcas em seu peijto, mas você me negou outra vez... Isso sempre me irritou, não saber a verdade. Você não respondia nem sim, nem não, nem me deixava olhar. Eu não sabia se devia sentir remorso ou se devia apenas ficar com raiva de você... E então você disse...”
E os olhos se arregalaram ao ver o loiro por cima de seu corpo, uma mão apoiada no colchão, outra em sua cintura, exatamente como há anos atrás. Mas os traços eram mais maduros, mais endurecidos e ásperos do que então, o olhar mais sombrio, ainda mais cheio de segredos. O que o loiro queria com todo aquele jogo? Humilhá-lo mais uma vez? Pregar outra peça? Ele não sabia... E por que, por que não tinha resistido mais, lutado, forçado o outro a soltá-lo, feito tudo o que podia para afastá-lo, feri-lo...? Por que quando via os olhos do loiro, hesitava tanto em fazer um gesto que pudesse machucá-lo? Por que era incapaz de enfrentá-lo ou de sentir raiva por muito tempo? Por que se sentia tão culpado quando tentava reagir? E por que... Por que ele tinha correspondido?
Podia sentir seus lábios queimando ainda, e mesmo agora, a sensação do corpo dele tão próximo do seu, fazia seu coração saltar exatamente como tinha feito anos atrás. Por algum tempo, pensou que o outro tinha se esquecido do que ia fazer. Draco parecia apenas fitá-lo, com um olhar indecifrável, como se tentasse enxergar algo além dele e naquele momento, sentiu como se não fosse jogo algum, como se não houvesse armadilha, como se ainda estivessem no mesmo quarto de anos atrás, se encarando na beira de um precipício, sem saber qual caminho tomar. Porém o sorriso torto e malicioso, seu conhecido, que fazia com que um arrepio descesse sua coluna, um arrepio também de medo que desvanecia o instante anterior, logo surgiu naqueles lábios rosados e finos e o loiro se aproximou mais, até tocar o nariz no seu. Harry podia sentir o rosto esquentando e se odiava por isso. Mas não se mexeu um centímetro, apenas continuou a olhá-lo, um pouco mais assustado.
“Eu lhe disse... Que se queria tanto ver... Teria que me dar um motivo convincente para tirar a roupa...”
A boca de Harry secou. Lentamente, Draco pegou seu braço e o puxou para baixo, envolvendo os dedos ao redor do seu pulso, mas não como da outra vez, com familiaridade, com intimidade, pressionando o dedão contra sua pulsação, como se quisesse senti-la acelerar, como ela de fato fazia. O sorriso sumiu, dando lugar aquele olhar que ele não sabia entender. Quando ele tornou a baixar o rosto, apoiando a testa na sua, as mechas loiras derramaram-se sobre as suas negras, e o griffinório teve vontade de tocá-las. O ar parecia lhe escapar, mas não estava ofegante, era como se simplesmente aquilo não importasse naquele instante. Respirar.
E então como uma terceira onda atingindo o dique, a boca sedenta e esfomeada estava na sua outra vez. E dessa vez, nem uma pedra no dique resistiu.
Não resistiu, pois esse não fora um beijo como os outros, brutais, cruéis, dominadores. Foi gentil, hesitante, mais lento, contudo mais intenso, mais dedicado. E ele não podia mais arranjar forças nem argumentos para resistir. Não queria mais. Só queria sentir aqueles lábios nos seus de novo e de novo, beijá-los de volta, mordiscá-los, lambê-los, e deixar que os gemidos reprimidos derramassem-se como o trovoar de uma cachoeira que descongela no verão, perdendo-se no calor úmido do outro que tomava todos os seus sentidos. Já não sabia onde estava, nem o ano, e já não importava, só havia o desejo, aquele desejo insano que parecia percorrê-lo esmagando seus pulmões, agitando seus batimentos, fazendo sua mente rodar e fazer todo o sentido estar de olhos fechados. Era hora do olhar descansar, era hora de sentir, só sentir e sentir e sentir e esperar que aquilo não tivesse fim. Ao simples toque do outro em seu torso, abrindo-lhe a camisa, toda sua pele voltou a formigar, e ele sabia o que tinha de fazer, colar-se ao outro, recebê-lo entre os braços, cessar a tortura daquele espaço.
Não. Era um homem. Que pensamentos ridículos eram aqueles? Tentou empurrá-lo, mas a ordem sequer chegou aos braços, perdeu-se no meio do caminho, exatamente no ponto onde Draco colou a boca em seu pescoço, fazendo-o gemer de novo. O toque era completamente diferente do que ele conhecia, era forte, autoritário, claro em seu desejo. Ele não tinha de comandar, de saber o que fazer, e isso era estranho e novo, mas era bom também.
Draco parecia saber o que fazia e deixou isso bem claro ao tirar-lhe a veste mais rápido do que Harry jamais vira alguém tirar a roupa. Num gesto, ele ergueu o torso, deixando a veste abaixo de si e imediatamente passando os braços pelos ombros do outro, puxando-o pra si, gemendo de pura frustração. Queria a pele, a pele de alabastro cremosa dele na sua. Ao ser baixado novamente no colchão, já teve a boca tomada de novo e a falta de oxigênio o impediu sequer de pensar naquilo.
Só queria enroscar a língua na do outro, lamber-lhe o céu da boca, tomar de seu sabor, roçar e roçar as línguas naquela luxúria sem fim. Sem perceber, sua perna encontrou caminho entre as do outro e logo ele tinha a coxa pressionada contra aquele volume que sentira da outra vez. Arfou, intensificando ainda mais o beijo, como se quisesse perder o resto de ar que ainda tinha e roçando a perna de novo ali, lentamente. Podia mais do que ouvir, sentir os gemidos intensos e roucos do outro lhe vibrando a língua de um jeito delicioso. Sim. Sim. Mesmo sem saber por que, queria mostrar que também podia fazê-lo sentir daquele jeito, provocá-lo. Era só isso que queria. Mas espera... Ele não tinha de dizer alguma coisa...? Não se lembrava mais.
Ansioso, muito mais desajeitado e atrapalhado, parando várias vezes no caminho, foi abrindo os botões da camisa do outro, querendo tirá-la de uma vez junto à casaca dele, parando às vezes para arfar ao sentir os lábios de Draco que não perderam tempo em atacar seu torso exposto no local onde havia botões abertos da camisa, abrindo outros, fazendo-o gemer, principalmente quando aquela língua maldita alcançou-lhe o mamilo. Ele então parou o que fazia por vários minutos, chegando a quase se esquecer completamente, enquanto o outro parecia ter três línguas e três bocas ao invés de uma de cada. Fazendo-o gemer, encolhendo a barriga e torcendo a coluna no colchão, exasperado.
Quase ficou bravo. Como ele podia fazer qualquer coisa quando o loiro não parava de deixá-lo sem sentido? Sonserino idiota. Sonserino... Draco... Ele devia parar, não devia? Tinha de dizer, mandar que o outro parasse, sair dali... Mas antes, antes só queria sentir a pele na sua, só isso e então iria, só isso ou entraria em combustão. Ah sim. Só isso e então diria, diria que parasse que o deixasse em paz. Mas a pele, a pele... Tão macia, tão alva, tão cheirosa. Cheiro de homem, de homem perfumado, cheiro de Draco.
Teve dificuldades de levar os dedos que tinham se ocupado arranhando-lhe os ombros sobre a roupa, aos botões outra vez. Mas afinal conseguiu. O loiro se livrou do pano branco, tão logo o fez. Num giro, obrigando o outro a ficar por baixo, o moreno sentou-se em sua cintura, arfante e eles se fitaram por um momento. Draco não sorriu dessa vez. Harry podia sentir um membro claramente formado apertado contra seu quadril e isso o fez engolir a saliva, que desceu como gelo pelo estômago, escorregando e queimando em sua virilha ao perceber que ele mesmo não estava muito diferente, apertado no pano da calça, dolorido, ardente. Só mais um pouco...
Foi quando desceu os olhos pelo torso do outro e tudo se perdeu. Arregalou-os por um momento, entreabrindo os lábios, depois franziu as sobrancelhas, como se tentasse entender algo. Lentamente, como se tocasse algo muito delicado, aproximou os dedos compridos dele, tocando a primeira linha branca ainda mais alva do que a pele, que começava na base da garganta. A primeira de várias. Várias linhas que desciam em diagonal por todo o torso desenvolvido, envolvendo o peitoral largo, marcando as costelas, o abdômen. Grandes linhas como feitas a lâmina com esmero por um açougueiro, linhas eram escondidas apenas no negror do verde escuro da tatuagem na costela esquerda. Linhas que retorciam e maculavam um corpo de que de outra forma, teria sido esplêndido. Ele não tinha percebido antes, no parque, pois não tivera coragem de olhar, sentira-se constrangido, e as árvores faziam o ambiente escuro. Mas ali agora, elas eram perfeitamente visíveis, refletindo a luz amarelada, marcas mais alvas do que a pele de alabastro, sumindo e reaparecendo a depender do ângulo em que se olhava. Ficou estático.
O sorriso do loiro se perdeu ao ser girado daquela forma. Pôde sentir exatamente o quadril do outro se encaixando em sua cintura e ofegou, perdendo o ar como num golpe do pulmão. A sensação subiu pelas suas coxas, costelas até a garganta, ardendo, queimando, fervendo. Quis tomá-lo nos braços outra vez, rendê-lo, mas então... Franziu a testa ao ver a forma como o outro o olhava. Viu-o esticar os dedos longos, tocando então uma de suas cicatrizes. Ficou sério de repente, cauteloso. Ele não queria que as coisas saíssem do rumo em que estavam agora, não agora em que tudo estava indo tão bem. Ele não tinha certeza de qual seria a reação do outro. Ele ainda a estava processando, mas não parecia prometer um resultado muito promissor.
“Foi por isso que você nunca me mostrou?”
Veio a pergunta, em tom baixo e hesitante. Harry não tirava os olhos de suas marcas, parecia colado no lugar, naquela expressão que misturava remorso, susto, surpresa... Pena não, inferno, que não fosse pena. Odiou aquilo. Porém não ia ser vencido daquela forma, justo agora, por uma idiotice griffinória. Num gesto rápido, sentou-se e virou-se com ele em seu colo, conseguindo prendê-lo contra a cabeceira da cama. Revirou os olhos, fazendo sua melhor expressão blasé.
“Por que eu sei que você é um maricas? Óbvio... Ficou assustado?”
Abriu um sorriso malicioso, conseguindo finalmente encontrar os olhos do outro, fazendo-o tirá-los de seu torso ferido. O outro franziu a testa em censura, irritado. Ótimo. Se ele ficasse bravo não ia mais pensar naquilo. O sorriso de Draco aumentou. Devagar, pegou as mãos do outro e levou-as até seu peito, deslizando-as para a barriga, devagar. Cada músculo seu levando choques com o simples contato, fazendo-o contraí-los, repleto de desejo.
“Já pode perder a cara de criminoso, Potter. Como pode ver, eu continuo gostoso como sempre...”
O auror que estivera trêmulo, com olhos um tanto mais abertos que o normal, puxou as mãos, soltando os pulsos que o outro segurava e estreitou os lábios, nervoso.
“Seu idiota.”
O outro apenas sorriu. No instante seguinte já estava a beijar o moreno outra vez, tomando-lhe mais e mais daquele sabor intoxicante. Ah... O Calor, de novo e de novo. Queria provar daquele calor até que todo seu corpo estivesse aquecido. Queria mais. Terminou de abrir-lhe a camisa, soltando todos os botões que o separavam da pele mais morena do outro, sem deixar de beijá-lo. Quando conseguiu, ele mesmo o ergueu, enlaçando-o pela cintura, para que os braços dele escorregassem do pano, e ele pôde sentir e ouvir, Harry atirando a peça em um canto qualquer e imediatamente enlaçando-lhe os ombros com os braços agora nus. E quando voltaram a encaixar os corpos, a sensação dos torsos nus juntos, pele na pele, os peitorais ofegantes se encontrando, a barriga dele se encolhendo...
Com as mãos tremulas como jamais havia sentido, puxou o outro pelas calças, fazendo com que desencostasse da cabeceira, tornando a deitar e logo achou lugar junto dele. Soltou-lhe a boca apenas para atacar-lhe o ventre, beijando, mordendo, deslizando a língua pela trilha de pelos escuros que se eriçaram em resposta, tomando-lhe o umbigo como se lhe desse um beijo de língua, brincando com ele, fazendo o outro agarrar-lhe os cabelos e gemer, torcendo a coluna no colchão e encolhendo a barriga, como se tentasse fugir ao mesmo tempo em que suas mãos pressionavam mais a boca dele contra a sua pele. Sim. Era só isso que importava, só isso. Queria voltar a mente do griffinório ao que era relevante e tinha conseguido. Ou pensava que sim.
“D-Draco... Espera... Você disse... Disse...Humm.”
Ele não conseguia falar e o sonserino pouco se importava em lhe dar uma folga para isso. Ele que ficasse tentando, não ia lhe dar crédito. Agora já lhe abria a calça, começando a puxá-la para baixo e esse era o motivo do outro tremer, tentando impedi-lo, entre gemidos que tornavam seu discurso nem por um segundo convincente. Harry ofegava e o som de sua respiração ruidosa era delicioso, ele gemia como se Draco estivesse a matá-lo e isso fazia o príncipe sorrir, saturado de luxúria. Abaixou as calças até poder ver o que desejava, o membro perfeitamente desenhado contra a cueca, pressionando o pano fino, desejando liberdade, e Draco ia satisfazer seu desejo. Não foi paciente. Não tinha tempo para ser paciente. Num puxão forte, tirou-lhe as calças e a cueca, largando-as pelos joelhos, e parou por um momento, contemplando o membro intumescido, pulsante, transbordando desejo. O moreno podia espernear o quanto quisesse agora, se Draco jamais tivesse tido a intenção de deixá-lo ir se ele realmente quisesse, não o deixaria depois disso. Ele não podia fingir, não depois disso.
“Draco! Não... Espera... Você disse, disse que eu podia, disse que só faria o que deveria ter...”
O loiro riu baixo, sádico.
“E quem foi que lhe disse isso? Eu disse que terminaríamos o que ficou inacabado. Nunca lhe disse o que era.“
O moreno ainda tentou objetar, mas o outro escolheu aquele instante para puxá-lo de volta pelos quadris e se inclinar, sorvendo-lhe a glande inchada com voracidade de uma só vez, e foi o fim de qualquer protesto. O loiro sabia que tinha ganhado.
Calor, calor, ah podia estar queimando no inferno agora e não saberia dizer a diferença. Por que um prazer como aquele não podia ser totalmente humano. Era bestial. Pensou que fosse desfazer-se em pedaços ao ser tomado nos lábios daquela forma. Nunca havia sentido aquilo, não daquele jeito. Draco não hesitou, não havia medo, receio, obrigação. Havia um desejo total e completo, e cada centímetro que sumia dentro daqueles lábios lhe dava a certeza de que ele iria para o inferno. Quando viu, já gemia como se o mundo fosse acabar ali, naquele calor. E quando a língua maligna se esfregou contra a uretra... Mesmo deitado, suas pernas bambearam e ele perdeu o ar por um momento, achou que fosse mesmo perder a consciência de tanto tesão, se é que já não tinha. Tesão? Sim. Não podia mais negar, não agora... Tesão, tesão enlouquecido por aquele sonserino maldito. Já não se importava com conseqüências, só pensava naquele momento, estava inteiro nas mãos dele. E a intensidade daquilo o amedrontou.
Foi lambido, sugado, mordido, engolido, tateado, de todas as formas possíveis e impossíveis também. Não tinha idéia de como ainda estava se agüentando ali. Parecia-lhe que seu próprio corpo lhe travava guerra para poder sentir um pouco mais daquilo de que tinha certeza nunca mais teria, mas não era só isso. Aquele desgraçado sabia o que estava fazendo. Sempre que sentia o moreno estremecer muito forte, ele diminuía o ritmo, desviava para morder-lhe a coxa, deslizar-lhe a língua pela virilha, ocupar-se de sua barriga, deixando o outro completamente fora de si. Quando ele repetiu isso pela quarta vez, Harry já não suportava. Com um empurrão, sem nem pensar no estava fazendo, tentou ordenar ao outro que não parasse, forçando seu rosto de volta a onde devia estar. Contudo o outro lhe tirou o chão outra vez.
Desceu a cabeça, todavia não para onde ele esperava. Ele ainda tentou escapar, mas o loiro já o tinha bem preso pelos quadris, com as mãos e depois de se debater um pouco, ele desistiu e largou a cabeça no travesseiro, apertando os olhos fechados, corado de vergonha e gemendo angustiadamente.
- Dr-Draco... Dra-co... Não... Espera... – tentou gaguejar, porém falhou miseravelmente ao terminar com um gemido fundo quando a língua quente tentou se enfiar pelo seu corpo. Ele sentiu como se seu corpo fosse explodir e ele o fez, em jatos grossos e quentes que lhe arrancaram soluços de prazer, Como podia fazer outra coisa que não enroscar os dedos nas mexas louras, tão macias, se segurando nelas como se o mundo fosse desabar, fechar os olhos, e sentir? Sentir e sentir e sentir e sentir, até sua visão borrar-se e o corpo todo amolecer.
Draco sorriu. Merlim, Harry estava delicioso ali, largado na cama, os olhos entreabertos que claramente não viam nada, os cabelos negros molhados, os lábios ofegantes, a barriga melada de prazer, contraída, os dedos enroscados em seus cabelos como se não conseguissem se soltar. O loiro lentamente tirou as mãos dele de seus cabelos ele mesmo, deixando os dedos morenos e enroscarem na cama, então se inclinou, primeiro hesitante, deslizando a língua pela barriga dele, depois com vontade, tomando todo aquele gozo que fora seu prêmio. Então se inclinou sobre ele, deitando na cama, passeou os dedos pelos cabelos morenos e o puxou pra perto, beijando-lhe os lábios devagar, compartilhando aquele sabor com ele. O moreno retribuiu, devagar, como se nem pensasse sobre o que fazia.
O sonserino inclinou o rosto, roçando a boca pelo pescoço dele, tentando se controlar enquanto esperava que o outro se recuperasse. A verdade é que ele próprio queimava, sentia as veias pulsarem doloridas já de tanto tesão. Contudo ele não queria fazer daquilo um estupro, como o moreno o acusara, não, se fosse isso ele poderia ter feito muito mais fácil, rápido, e o outro não iria jamais ia saber quem fora. Queria que ele soubesse. Essa era sua vingança. Toda vez que o visse, o auror ia se lembrar de como gemera e tremera nos braços dele. Ia beijá-lo até deixar os lábios dele latejando, ia aproveitar aquele corpo até que ele ficasse de pernas bambas, e quando estivesse sendo beijado por outro alguém, ele ia se lembrar daquele beijo, dos lábios do sonserino, e não ia se esquecer. Se o outro o atormentara em pensamento toda a sua vida, era sua vez de atormentá-lo. Ele estaria livre e seria a vez do moreno não esquecê-lo. Quando voltou a olhá-lo, os olhos verdes o encaravam de novo, um tanto arregalados, como se não conseguissem compreender o que viam.
- Malfoy, por que...? – indagou com a testa franzida, a pura encarnação da confusão. O loiro apenas revirou os olhos, quebrando o tom sério do outro e o puxou com força pela cintura, sem escrúpulos.
- Cale a boca, Potter. – resmungou, puxando-o até que estivessem encostados outra vez, o membro rígido apertou-se contra a coxa do moreno fazendo Harry arfar e sua nuca arrepiar-se sob os dedos de Draco, que sorriu. Ele pegou as mãos do outro e as levou até si, escorregando por seu corpo e o olhando com um sorriso ferino. Harry engoliu e mordeu o lábio. – Assim é melhor. – aprovou, arqueando a sobrancelha.
Esperava uma nova onda de protestos moralistas e semi-convincentes, mas não veio nada. Pelo contrário. Assim que lhe soltou os pulsos, o peitoral já ofegante, a pele alva toda arrepiada pelo deslizar dos dedos quentes, as mãos dele desceram sozinhas, pegando-o de surpresa, os dedos longos fecharam-se ao redor do membro torturado e Draco gemeu baixo com uma dor prazerosa, inclinando um pouco a cabeça para trás. Quando viu, o moreno tinha se aproximado ainda mais, recostando a testa na dele e olhava com intensidade, enquanto uma mão apertava-se em sua coxa e a outra começava um lento movimentar pra cima e pra baixo. O hálito quente do outro lhe batia nos lábios e ele quase podia sentir-lhe o gosto na língua, lhe deu água na boca.
Ele ofegava e de repente o loiro percebeu que também o fazia. A mão quente lhe envolvia o membro com cuidado, como se o outro tivesse medo de machucá-lo, mas não com hesitação. O loiro gemeu outra vez ao ser apertado mais forte, o dedão roçando pela glande inchada, trincou o maxilar, o movimento se intensificou e ele ouviu um gemido baixo junto ao seu. Tentou dar um sorriso torto para provocá-lo, mas descobriu que não conseguia, aquele gemido do outro apenas por está-lo acariciando fez sua coluna arrepiar e estremecer e ele não podia sorrir. Sem pedir permissão, desceu suas mãos pelas costas do outro até encontrar o bumbum redondo e macio e apertou os dedos com força na carne macia, gemeram juntos outra vez, dessa vez mais forte. O moreno tinha cerrado os olhos, mordendo o lábio com tanta força que estava branco, e Draco descobriu que era tudo quanto podia agüentar.
Avançou sobre ele, beijando seu pescoço, sugando a pele, mordendo, ofegante como um animal no cio, toda a sua etiqueta perdida, eram só corpos, pele, mãos, bocas, gemidos e sussurros. Apertou outra vez a carne macia em suas mãos até deixar marca, marca de posse. Eram suas, suas aquelas nádegas empinadas e macias, seu aquele corpo, seus aqueles gemidos, e dentre estes, ouviu seu nome como uma confirmação de seu pensamento, enquanto o moreno o apertava com uma força que o fez arfar. Era como uma resposta. Era seu, era seu, todo seu. Sem saber por que instinto, os corpos começaram a se mover, juntos, comandando o ritmo das carícias, os quadris a se encontrarem com luxúria e por entre os dedos apertados ao seu redor, que lhe subiam e desciam a pele com vontade agora, descobriu o membro do outro a esfregar pelo seu, completamente duro outra vez, e gemeu deliciado. Sim, sim. Queria tomá-lo, tê-lo de uma vez, como esperara toda aquela noite, como esperara por cinco anos.
Não foi difícil encontrar a ainda úmida entrada que se contraía como se esperasse pelo toque, pelo toque que avançou, roçando o dedo por ela, encontrando passagem. Harry arfou, cessando a carícia por um momento como se de repente perdesse a coordenação das mãos. Ele fitou o loiro com os lábios entreabertos e ofegantes, por um instante, pareceu-lhe que ia protestar, porém ao invés disso gemeu quando o loiro enterrou mais o dedo em seu corpo e o beijou na boca. Draco hesitou por um instante mal assimilando o que havia acontecido e assim que percebeu avançou nos lábios dele de volta, correspondendo o beijo com fome, tomando os lábios dele, deliciado ao sentir dessa vez a língua procurando a sua, roçando-se nela de volta, percorrendo sua boca por vontade própria. Sem parar para pensar, a mão livre se estendeu, buscando algo e logo se fechou sobre um pequeno vidro, ah sim, a sala lhe daria o que queria. Empurrou a tampa com o dedão e deslizou o dedo para fora do outro apenas por tempo suficiente para envolvê-lo com o líquido e junto a outro tornar a enfiar-se pelo canal maravilhosamente quente e apertado, explorando as ondulações, até encontrar o que queria.
A reação do moreno valeu completamente à pena.
Ele gritou, desistindo de tentar beijá-lo e caiu na cama, de olhos fechados, testa franzida, parecendo a imagem da angústia, soluçou baixo, as duas mãos agarrando-lhe o membro se apertaram nele, como de vingança, fazendo Draco gemer rouco, forte, e sentiu as pernas tremerem quase sem se agüentar. Teve que segurar-lhe os pulsos com a mão livre, soltando-as do membro inchado, ou se acabaria ali e agora. Elas subiram, se agarrando em seus ombros, as unhas cravando em sua pele, fazendo-o o arfar. Subiu sobre seu corpo, apoiando um joelho entre as pernas do outro no colchão e distribuindo beijos pelo seu maxilar, seus dedos rodavam e massageavam, entrando e saindo do anelzinho apertado, alargando-o. Harry parecia à beira do desespero e Draco beijou-lhe o pescoço, a face, a orelha, repetidas vezes, sussurrando.
- Shiii... Relaxe. – ordenava, a voz fria e calma em contraste com o corpo todo que parecia pulsar como um relógio em contagem regressiva. Com um sorriso, atingiu aquele ponto outra vez e o moreno gritou de novo, rangendo os dentes e o olhou e Draco não sabia se com raiva ou prazer.
- Seu desgraçado.
O loiro teria rido se não estivesse em estado semelhante. Não podia mais suportar. Cinco anos era tempo demais e ainda assim parecia ter sido muito mais fácil do que a última meia hora. Sem deixar tempo para reações, seus dedos deslizaram para fora no mesmo instante em que empurrava as coxas roliças para trás, contra o corpo do outro, expondo-o. Harry arfou, entretanto Draco já estava sobre ele, a testa na sua, a mão alva agarrou a outra que tentava empurrá-lo, entrelaçando os dedos e apertando-as juntas contra o colchão, a outra envolveu o membro quente, masturbando-o devagar enquanto a glande completamente melada de desejo roçava-se pela entrada avermelhada, como tinha esperado por tanto tempo. O moreno fechou os olhos, virando o rosto, como que em desistência, mas o loiro soltou-lhe a mão para segurar-lhe o queixo, virando-o de volta.
- Não... Olhe pra mim. – os olhos verdes se abriram assustados, o loiro sorriu, leve, se inclinou, tornando a recostar a testa na dele e era como se os olhos cinzentos prendessem os dele no lugar. Queria ver, ver nos olhos dele se havia o prazer. – Isso... – murmurou, e aproveitando a distração dele, avançou.
Não entrou inteiro. A coluna do outro se curvou enquanto ele instintivamente tentava fugir, num grito diferente dessa vez. As unhas dele desceram-lhe pelas costas deixando tiras vermelhas que arderam no sal do corpo molhado fazendo o loiro arfar e gemer junto. Draco mal teve consciência para segurá-lo no lugar, com o peso do próprio corpo enquanto voltava a massagear o membro dele, acariciando-o tentando abrir espaço com o seu. Merlim. Seu membro estava tão comprimido que doía, a entrada se apertava contra ele, todo o corpo do moreno contraído, rígido de susto, mas ele não ousou tirá-lo, não agora. Trincando os dentes num grunhido que mal sabia dizer se era de prazer, empurrou o quadril, avançando por força de vontade, enquanto um prazer absurdo explodia por seus músculos a cada centímetro que entrava. Sentiu conforme o masturbava o outro ir relaxando um pouco e recostou a testa ao lado de sua cabeça, gemendo em seu ouvido.
- Calma... – pediu pela primeira vez na noite, e talvez por isso o outro realmente o fizesse dessa vez, respirando em haustos. Draco se manteve no lugar, massageando-lhe o membro até sentir sua respiração menos difícil ao seu lado, até ver a garganta parar de contrair-se para conter soluços mal formados, então foi avançando bem devagar dessa vez, mas constante até terminar. Fechou os olhos. Estava no paraíso. Por que aquilo não podia ser o inferno.
Todo o seu corpo estremeceu de prazer ao ter ao ter a consciência do saco macio recostado nas nádegas expostas. Quente, quente, mais quente do que jamais estivera, mergulhado no prazer, e já não fazia diferença a ardência nas costas, a dor do membro comprimido as unhas do outro em seus braços contraídos, era tudo prazer, só prazer. Olhou para o outro que tinha o maxilar travado como o seu, os olhos molhados e a respiração forte. Parecia capaz de matá-lo naquele instante.
- Eu odeio você... – grunhiu num gemido de dor, apertando os olhos quando o loiro empurrou o quadril contra o seu, mexendo-o devagar, esfregando o membro contra aquele canal delicioso. Draco riu. Riu por que não se importava. Riu por que tinha o que queria e naquele momento nada o abalaria. Riu por que aquela frase nunca lhe pareceu mais mentirosa e verdadeira do que naquele instante. E quando o outro o olhou ele ainda sorria zombeteiro quando respondeu.
- Eu sei.
E qualquer raciocínio do moreno se perdeu num gemido alto, delirante quando o loiro pontuou o final de sua fala com uma estocada forte, enfiando-se todo dentro dele outra vez ao ter quase saído, com um baque. E nenhum dos dois pôde dizer mais nada.
Seu corpo pedia e ele não podia mais adiar, não foi gentil dessa vez, entrou com força de novo e de novo, e logo o quarto encheu-se com os ecos dos gemidos, com os baques dos corpos, com o cheiro dos dois, com o barulho suave das peles a se roçarem em contraste com as batidas pontuadas de coxa com coxa, de soluços baixinhos cortados por gemidos altos, de palavras balbuciadas roucamente, sem sentido, que ninguém se importou em ouvir. Dedos se fecharam nos cabelos loiros, outros apertados no músculo esguio do braço. Dedos alvos cravaram-se em nádegas macias em correspondência, tentando abrir mais uma entrada já castigada, tentando entrar com o que já não tinha, mergulhar mais fundo e mais fundo naquele prazer insano. Prazer correspondido. Não havia mais dúvida naqueles olhos enevoados, naqueles gemidos soluçados, naqueles tremores de coluna.
Como que para abafar-se mutuamente, os lábios se buscaram num beijo sedento, que se buscava acalmar algo falhava miseravelmente só fazendo aumentar os gemidos, grunhidos e gritos agora envolvidos em umidade quente. Quente. Calor em seus lábios latejantes, nos dedos apertados na carne, nos quadris a se encontrarem, nas peles molhadas de suor a se esfregar, calor, calor num membro torturado além do que era humanamente possível, pulsando, pulsando, tão inchado, tão cheio de desejo que já não sabia se era prazer ou dor, fosse o que fosse, sabia que sentia, que sentia como se todo o seu corpo fossem fios desencapados, estalando, ameaçando entrar em combustão.
Até que ponto podia o prazer aumentar, o calor aumentar? Estava rendido, rendido nas mãos de seu inimigo. Inimigo sem nome, inimigo sem rosto, por que já não importava quem era. Só importava a boca na sua, os ombros largos empurrando suas pernas, o corpo forte pressionando-o contra o colchão, o quadril socando-se contra o seu corpo de novo e de novo, invadindo-o de modo vergonhosamente delicioso, completamente indigno e ainda assim não havia uma parte de seu cérebro que se importava. Chegava mesmo a pensar que tinha perdido sequer a habilidade de falar. Tentou por um instante, mas quanto mais tentava, mais gemidos brotavam até que desistiu, buscando aquela boca para tentar abafar um pouco da tempestade dentro de si, mas só fez pior.
Ao invés de matar a vontade, deu-lhe mais sede, mais fome, e tudo que sabia era que nunca mais queria sair dali. Havia dor, havia um calor tão forte que toda a pele suava, havia um ardor que ameaçava queimá-lo e mesmo assim ele não se importava. Por que mesmo registrando a dor não a sentia, era prazer, tudo prazer. E não saberia dizer o qual era maior, o prazer angustiante do membro socado entre os dedos fortes naquela velocidade perturbante, ou aquele prazer que lhe tomava todo o corpo, amolecendo as pernas trêmulas, contorcendo-lhe a coluna, fazendo o quadril se mexer sem seu comando, para abrigar mais o membro que o invadia, mais fundo, mais fundo, melhor e quando a glande inchada dentro de si atingiu-lhe aquele ponto pela primeira vez numa estocada intensa, ele soube a resposta.
Os lábios foram arrancados dos seus e ele gritou, gritou como se o loiro o queimasse, mas nem por um instante ele pensou em parar, pois quando encontrou os olhos de esmeralda incendiados, eles lhe disseram tudo que precisava saber. Repetiu o gesto com vontade e o outro pareceu desfazer-se em pedaços abaixo de si, os dedos tremiam contra o seu braço e dessa vez, ele não pôde nem gemer ou gritar, foi Draco quem gemeu, rouco, luxurioso como um animal no cio.
Ele não queria pensar, mas sabia, sabia que ela estava errada. Ela... Mal conseguia se concentrar para pensar em seu nome. Não importava. Ela estava errada, e ele também. Estavam errados. Era melhor, muito, muito melhor do que ele jamais havia imaginado, e ele sabia, sabia que não ia se saciar, não podia, não havia como se saciar depois de conhecer aquele prazer, depois de ouvir aqueles gemidos, depois de ter seu gosto, sua pele, seu corpo todo nas mãos, na boca, nos dentes, língua, na sua própria pele. E ele tentava, tentava desesperadamente prolongar, numa esperança de que fosse o suficiente, de que ficasse marcado o suficiente para durar, durar o resto da vida, por que não poderia ter outra vez. Ficava parado, mergulhado, inteiro naquele paraíso, remexendo o quadril lentamente, toda vez que chegava perto demais, tentando desacelerar, se acalmar, para voltar a socar com força, afundando os dois corpos no colchão, fazendo isso até doer, até sentir a garganta travada em desespero, até saber que não poderia mais, e derramar-se em completo prazer dentro do outro, sem ter sequer tempo para pensar em sair e os jatos quentes que lhe molharam a barriga mostraram que o outro sentia o mesmo.
Só percebeu o que tinha acontecido quando viu que estava completamente parado, deitado sobre o outro que não lhe fez resistência, o rosto afundando no pescoço moreno, inspirando devagar, como se toda sua força tivesse sido drenada. Trêmulo, se ergueu, deslizando do canal maltratado com um gemido fraco e se largou ao lado dele, o braço atravessado na testa, os olhos fixos no teto, respirando ruidosamente, descompassada com a respiração ao seu lado, que tremulava como quem busca por ar depois de um choro forte. Virou os olhos para o outro, arfando, e teria sorrido se pudesse. Ele tinha se virado de lado, agarrando o lençol ao seu lado, os olhos fechados, respirava daquele jeito tremulo, como se seu corpo teimasse em não voltar a realidade.
- Dr-Draco... – ainda ouviu a tentativa rouca, mas balançou a cabeça, ou tentou, mesmo que o outro não o visse.
- Shiii... – sussurrou.
Só teve forças suficientes para puxar a colcha emaranhada sobre os corpos e passar o braço largo pela cintura dele, recostando a testa dele em seu peitoral ofegante. Os dedos enroscaram-se pelos cabelos negros, como para mantê-lo no lugar. E ao ouvir a respiração do outro se acalmar junto a si, tornando-se regular de um jeito familiar, o corpo moreno relaxando junto ao seu, completamente, fechou os olhos e também adormeceu.
A tualisadíssima!!! Yeah, yeah. Eu sei, demorei MILÊNIOS para postar, mas juro que foi por uma boa causa. Talvez agora depois de ler vocês possam concordar (eu espero). Essa foi com certeza a cena mais difícil que eu já fiz desse tipo!! Nossa. Foi bem complicado. Nem posso dizer quantas vezes apaguei e reescrevi coisas mudando completamente a direção do capítulo. Espero que tenha valido a pena! Foram horas de imaginação, escrita, reescrita, frases alteradas, ou mesmo qualidades, descrições. Foi complicado. Dizem que autor sofre junto com os personagens e é verdade. Mas tudo terá valido a pena se vocês tiverem gostado ^^;
Bem, antes de mais nada: OBRIGADA. Eu não poderia estar MAIS feliz com mais de 2000 views em tão pouco tempo!! Agradeço imensamente meus queridos! *-* Afora isso, obrigada a todos que puderam me esperar, e chegaram até aqui, lendo o que escrevi com tanto carinho pra vocês. Aos que ficaram na dúvida: SIM, a história vai continuar, como eu puder ir postando xD. Espero eu que agora as coisas caminhem com maior facilidade, já que passou essa cena tão complicada. Espero MESMO que tenham gostado.
Deixei esses comentários para o final por que sabia que se pusesse no começo vocês não iam ter calma necessária para ler xD. Espero que agora consigam.
Respostas aos últimos comentários no blog:
Lisa: AHHHH EU ESTOU COM TANTA SAUDADEEEEE *-*. Espero que esteja se divertindo A BEÇA na sua viagem. E espero também que minha dedicação em postar isso compense o fato de deixá-la esperando por todo o seu tempo fora xD e que seja um bom presente de boas vindas!! Eu te amo, querida, MUITO. Volte logo!!!!! Espero que agora não vá arrancar meus cabelos KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.
Vai entender se eu disser que essas rosas surpreenderam até a mim? Bem, você já está acostumada com minhas maluquices e sabe o que falo quanto a vida que certos personagens tem, tomando decisões por si mesmos. Ah... quanto a se apaixonar pelo Draco *risos*, espero que se apaixone, assim não ficarei sozinha ;D. Kev, se você está lendo isso, Lisa manda oi!
Hans: Esposa amada, obrigada como SEMPRE por me arrancar risos e me fazer sentir que tudo valeu a pena e me dar a confiança necessária para continuar escrevendo! E pelo jeito não sou só eu que faz rir xD. Não digas tais calúnias de Draquinho, pobre dele. Deixe-o com suas rosas. E a Gina não seria uma silhueta desengonçada xD.
Amo-te linda minha. Muito!
Sim, fui eu que gritei u.u. xD Você sabe que eu adoro =P.
Eu não te humilho u.u, vc tem tanta imaginação quanto eu, SABE disso. Boba. Eu vou começar uma sessão de blogs recomendados aqui e adivinha quem entrará na lista??? =P
É o tipo de conversa que você gosta, minha linda, o tipo que vc gosta....
Elilyan Andrade: E tem conversa melhor do que essa? Acho que não... xP. Essa é a melhor conversa que existe. Morra não minha querida!! Espero que ainda esteja viva e leia isso xD. Eu sinto MUITO pela demora, mas como disse, foi difícil. Às vezes os autores travam, acontece e aconteceu comigo dessa vez. Bloqueio criativo ><
h almeida: Que bom que gostou!!! Obrigada! Não vai acabar não!! De jeito nenhum, ainda tem muita história pela frente. Pelo contrário, esse capítulo é o começo de tudo! xD Ele parece mesmo um pokemon, mas é mais perigoso =P; Ahhhh, não odeie a Ginny xD ela é do jeito que é. Espero que tenha gostado desse capítulo!! Beijos mil.
Anonimo (capítulo 10 parte II): Kev meu lindo!! Não fiques triste xD sei que demorei mas espero ter compensado! Te amo meu lindo, obrigada por todos esses elogios!! São comentários dessas pessoas que amo que me fazem continuar. Todo meu esforço compensa, só pra ler essas coisas. Não se preocupe, uma única palavra sua é suficiente. ^_^ Saudades!
Bem, é isso. Volto ASSIM que puder!!! Prometo. Espero que gostem ^^. Aguardo os comentários \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/.
Voltando a dizer que o Harry é um idiota e algumas observações. Ele não sentiu nem dor quando o dedo entrou, e a "entradinha" ja estava soltando o liquido do estômago todo ansiosinho. Na minha opinião, esse Harry é um safado e TRENAVA NO BANHEIRO, sim, ja sabia o gosto bom que uma dedada tem e ficou todo felizinho, piscando ocm o carinho, HUMMMMMMMMMMMMM SAFADEZA OCULTA! ELE METIA O DEDINHO NA HORA DO BANHO QUE EU SEEEEEEI EU SEI!!! -Q
ResponderExcluirGeralmente é difícil classificar um capitulo com apenas uma palavra, mas esse capitulo ficou Perfeito, literalmente, a espera valeu muito a pena.
ResponderExcluirMais uma vez meus parabéns pelo sucesso da fic. Garanto que todos que estão lendo estão gostando tanto quanto eu.
Beijos do Kev.
P.S: Estarei aguardando as próximas atualizações. E eu li o post lá em cima. Manda um "Oi" e um beijo pra Lis também. Gosto muito de vocês duas.
Saudades (L)
S2
olááá!!! tudo bem com vc?
ResponderExcluirnossa, achei que vc não iria mais voltar, vim todo dia aqui pra ver se vc tinha postado e nadaa hauhauahuaha mas vi pq xDDD
pelamoooor, esse cap. foi incrivelmente perfeitoooo, essa cena lemon foi altamente a melhor cena que ja li na vidaaaaaa, e olha que ja li muitas hauhauahauhauah
"Não havia mais sequer sombra da resistência passiva" vaaai draquete, mostra pra passiva quem manda no prostíbulo hauhauahau nossa, ri muito dessa frase, não sei pq.
vc ta de parabeeens, sua fic é linda e vc escreve muito beem o/
agora fiquei mais aliviado sabendo que ainda tem maaais, muuuito mais xDD
acho que é só isso, qualquer coisa volto aqui hauahuahua
beeijos enormeeees e espero a proxima atualização =*****
*risos*
ResponderExcluire não é do primeiro comentário, embora eu tenha rido depor também. Tenho muito o q dizer, eu diria, mas acho que basta eu mencionar q eu queria q vc pudesse ver o meu sorriso agora.
Se compensou? Bom, a gente conversa sobre isso dps.
Beijos p vc, pro querido kevin que se lembrou de mim ;) , pra linda B. e pra tua esposa q eu nem vou comentar sua resposta p ela ajj*
UAU!
ResponderExcluirDemorou, mas valeu a pena.
Me senti como o Draco, que esperou por 5 anos, mas quando conseguiu foi de tirar o fôlego.
Por uma curiosa coincidência quando estava lendo na minha playlist tocava S.E.X do Nickelback. Se não conhece recomendo que escute, pois ela casou com perfeição com o capítulo.
Depois dessa noite fico imaginado como Harry vai reagir quando souber do casamento do Draco.
Beijos.
Parabéns.
Grande, grande, grande GRANDE música. Concordo plenamente.
ExcluirP.S.: "Olhe pra mim" do Draco foi tão Snape!
ResponderExcluirWOW!!!!!
ResponderExcluirFantástico capítulo!!!!
Adorei! Valeu muito a pena ter esperado por ele.
Lindo! Lindo! Lindo!
\o/ \o/ \o/
Harry tentando negar o óbvio. Draco o dominando. Apaixonante!
Foi muito romântico quando Draco pediu ao Harry para olhar para ele. Acho que nem ele percebeu bem o significado disso. Ou isso é só coisa da minha cabeça fantasiosa O.o?? rsrs
Depois dessa a Ginevra dança, né?? rsrs
Quero ver o dia seguinte ^^!!
Beijos e até o próximo!