AVISO AOS NAVEGANTES:
Aqui está sendo postada uma fanfic de Harry Potter, com ship Draco/Harry.
Não gosta? Não leia.
Gosta? Seja bem vindo e, por favor, comente!
Sim, essa é a mesma fic que estava sendo postada no fanfiction.net.
Saí de lá, pois o site não me deixava adicionar novos capítulos nem escrever uma nova história, mesmo depois de fazer outro profile e enviar inúmeros emails pedindo ajuda ao suporte. Espero ver todos os meus leitores do outro site, aqui!
Sejam todos muito bem vindos!
A quem ainda não leu, os capítulos se encontram organizados no Arquivo, por número e nome. Estejam à vontade para dar opiniões.
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Segue o Segundo Capítulo da Fanfic, sei que a organização dos capítulos em blog não é a mais desejável, mas quanto a isso nada posso fazer - se alguém souber como colocar o post mais antigo à frente do mais novo, me avise. Espero que gostem desse capítulo, é um capítulo especial por retratar um mundo onde o subconsciente age: o mundo dos sonhos.
Fiquem a vontade para expressarem suas opniões, meus caros.
Boa leitura a todos!
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“Certas palavras não podem ser ditas
em qualquer lugar e hora qualquer.
Estritamente reservadas
para companheiros de confiança,
devem ser sacralmente pronunciadas
em tom muito especial
(...)
em qualquer lugar e hora qualquer.
Estritamente reservadas
para companheiros de confiança,
devem ser sacralmente pronunciadas
em tom muito especial
(...)
definem
partes do corpo, movimentos, actos
do viver que só os grandes se permitem
(...)
E tudo é proibido. Então, falamos.
- Carlos Drummond de Andrade, in 'Boitempo' -
partes do corpo, movimentos, actos
do viver que só os grandes se permitem
(...)
E tudo é proibido. Então, falamos.
- Carlos Drummond de Andrade, in 'Boitempo' -
- Capítulo 2 -
Fale agora ou cale-se para sempre
"E se alguém tiver alguma coisa contra esse casamento, fale agora, ou cale-se para sempre."
Ele já tinha visto essa cena antes... Não tinha? Malfoy piscou os olhos claros para a luminosidade da praia no fim de tarde ao ouvir as palavras do padre. Ele sentia uma ansiedade por sob sua pele no corpo inteiro, ardendo, formigando, raiva, ressentimento, tanto tempo... tanto tempo... Pra que convidá-lo? Por que ele fora? Mas... O casamento não fora na praia, fora? Ah... Não. Aquele era todo um novo nível de ridículo até pra ele. Não bastava viver aquele inferno agora sonharia também?
"Eu tenho!"
As palavras deixaram sua boca antes que ele pudesse saber como. Sua voz soava deslocada e distante. Ninguém pareceu ter ouvido, todos continuavam a olhar a cerimônia como se ele não estivesse ali, como se fora um fantasma. Que diabos. Ele não dissera nada, não é? Não. Pois não havia maneira digna de um homem interromper um casamento e pedir ao noivo, veja bem, ao noivo! que dissesse não à sua esposa. Era absurdamente humilhante. E o que ele diria? Não vai? Não diga, eu aceito? E pra que? Pra ficar com ele? Potter teria rido dele, ou pior ainda, sentido pena. Era o que mais perturbava Draco, o motivo pelo qual ele jamais deixaria que ninguém soubesse o que verdadeiramente sentia, o motivo pelo qual enterrava tudo com tanto sarcasmo, ironia e palavras ácidas. Se Potter realmente soubesse, se ele realmente soubesse... Ele teria o sentimento griffinório mais estúpido. Pena. E isso Draco não podia suportar. Podia suportar seu ódio e seu desprezo, ele convivera bem com eles por muitos anos. Pois afinal de contas, o ódio não deixa de ser uma emoção apaixonada, era alguma coisa. Mas pena. Pena, não.
Ao diabo. Se era um sonho, então ele podia fazer o que quisesse.
Começou a caminhar entre as pessoas e ele passava direto por elas, como se fosse feito de ar.
"Seus estúpidos." Grunhiu, sentindo toda a raiva que tivera voltar. "Eu fiquei esperando, esperando que alguém dissesse alguma coisa. Até uma declaração de amor teria sido melhor que isso! Mas seus palermas, nenhum de vocês, sangue-ruins teve coragem de dizer nada!"
Ele ainda podia ver na face deles, como tinha visto então, aquele olhar. Um olhar de admiração e uma ponta de tristeza por aquele amor tão desesperado que Harry tinha por ela. Mas todos eles, todos, sabiam a verdade. Aquilo não podia durar. Ela não era mulher de casamento. Aquela ruiva... Ela era mulher de grandes aventuras, de grandes amores que duravam uma semana, de conquistas difíceis, da paixão, dos jogos. Não de casamento. Quanto tempo ela daria a ele de fidelidade? Uma noite? Uma semana, um mês? Ele não sabia...
"E vocês sabiam disso, todos vocês! Por Deus! Até você Granger, sabe disso! E não teve coragem de alertar seu melhor amigo! Como pode se considerar amiga dele depois disso?" ele discutia com a estátua sorridente de Hermione. Sua expressão pálida de fúria, os olhos queimando de desprezo e raiva. "Se eu pudesse... Se houvesse uma maneira digna... Se ele pudesse acreditar... Eu mesmo teria lhe contado, com mil diabos! E vocês griffinórios, sempre alardeando sobre a amizade, coragem... Cadê tudo isso? É por isso que não passam de vermes, todos vocês! Você também!" vociferou, virando-se na última fala para a estátua de Harry. Mas ele não era uma estátua. Ele se virou para Draco, sem soltar as mãos de sua noiva, e seus olhos estavam cheios do rancor e desprezo familiares que deixavam-nos escuros, quase negros.
"Não, Malfoy" e ele nunca ouvia seu nome ser dito com tanto nojo como quando saía daquela boca. "O verme aqui é você. Garotinha apaixonada e frustrada. Pensa que eu não sei? Ah, eu já sei há muito tempo, e nada me diverte mais. Por que acha que eu o convidei? Queria ver a sua cara, quando visse que me perdeu mais uma vez. Dessa vez pra sempre!"
Ofegante, Malfoy sentou-se na cama respirando com força. Teve de se controlar pra não gritar. Um Malfoy não dava chiliques. A jovem de cabelos negros ressonava tranquilamente ao seu lado parecendo mais do que satisfeita. Ele soltou o ar, raivoso. Como ele podia ser tão degradante? Mas ainda sentia raiva. Por que nenhum deles dissera nada? Ele sabia que aquele casamento não ia durar. Se perguntava se a Weasley estaria agora na cama de Harry satisfeita, ou se já estaria arrependida, pensando na próxima aventura. Por que o casamento certamente não podia ter sido mais do que isso pra ela. O prazer de laçar o par mais almejado pela comunidade bruxa. De ter uma grande festa e poder ver os olhares invejosos de todas e de muitos sobre ela. Porém agora que todo o encanto terminara, ela o abandonaria, ou continuaria com ele pelo prestígio público e continuaria a viver suas aventuras por trás das portas? Era muito provável.
Draco teria feito qualquer coisa pra estragar aquele casamento. Teria prazer em ver a cara dela quando Harry não aparecesse no altar. Contudo o olhar de Harry... Ele nunca vira os olhos dele daquela forma, tão cheios de alegria, achando que finalmente ia ter uma família, família que ele tanto desejara. O sonserino simplesmente não conseguira contar pra ele. Não pessoalmente, óbvio que não. Mas ele teria dado um jeito do outro saber. E ainda o faria, com prazer. Ele estaria de olho na Weasley. Um tropeço, um escorregãozinho que fosse, e ela estaria acabada. Ele não ia perder Harry pra ninguém menos do que merecedor. Não que pudesse haver um pretendente melhor do que ele. Pretendente? Perder Harry? Puf. Quando ele ficara tão tolo? Desde quando Potter era Harry, e era algo seu para que ele pudesse perder? Devia ser sua convivência em pensamentos com aquele bando de sangue ruins e com o estúpido garoto que desgraçadamente sobrevivera. Aqueles delírios adolescentes já estavam indo longe demais. Ele era um homem feito, não podia se entregar a tais tolices. Levou a mão a testa, massageando-a e deitou outra vez se obrigando a dormir. Desde quando seu corpo o dominava? Ele tinha coisas importantes pra fazer amanhã, e exigia uma noite de descanso sem interrupções. E sem sonhos dessa vez! Com treinamento de ferro, ele virou para o lado e adormeceu imediatamente um sono negro e vazio.
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