sábado, 26 de março de 2011

Desprezo - Capítulo 1 - Masoquismo



Sejam Bem-Vindos, meus caros.

Eu sou Miss Writer, tenho 19 anos, e escrever é minha paixão desde que pude pôr as mãos num computador. Todos os textos aqui postados são escritos com todo o cuidado e atenção possíveis.
Aqui neste blog será postada a fanfic que eu estava escrevendo no fanfiction.net.
Espero que todos vocês venham ler e que gostem do blog.
Aos novos leitores sejam também bem vindos.
Sou uma escritora, se quiser me conhecer, minhas histórias falam por mim.

Inicialmente postarei somente essa fanfic “Desprezo” fandom Harry Potter, para que possa finalmente continuá-la. A quem já a lia no fanfiction.net, terão aqui já postados dois capítulos novos, o 6 e o 7 que estavam prontos mas eu não conseguia postar no outro site.
Desculpem a bagunça, mas foi a única forma que encontrei de não desistir de tudo. Aqui as postagens serão mais tranqüilas e fáceis e poderão ser mais freqüentes. No futuro quando terminar a fic, talvez comece a postar outras histórias aqui, mas por agora é só um meio, um substituto para o local original da história.

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Fanfic: Desprezo
Ship: Draco/Harry – não me venham com comentários preconceituosos, irei remover mesmo, não curte, não perca o seu tempo, não leia.

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Sempre quis escrever uma fanfic sobre Harry Potter. Essa é a primeira, espero que apreciem e POR FAVOR compartilhem seus pensamentos, opiniões e emoções comigo, os comentários são muito importantes para o escritor!




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Agradecimentos especiais: 

L, - Por não me deixar desistir nem quando a realização do projeto da fic quase me enlouqueceu e me parecia impossível. Por seu contínuo apoio, carinho, e pela alegria com que lê cada novo capítulo que lhe ofereço mesmo ainda em rascunhos mal acabados para receber sua prévia aprovação. Mesmo não estando mais no fanfiction.net, você continua sendo a melhor betareader do mundo.

B. - Por sempre me dar confiança com o mais simples dos seus elogios. Por me fazer sentir a melhor escritora do mundo, não importa a ocasião. Por me fazer sentir vencedora e especial. Por gostar do que eu escrevo e me incentivar a continuar. Por suas poucas palavras que me transmitem mais do que um texto inteiro.


K. - Por me ajudar extensamente em qualquer que seja a minha empreitada. Por fazer de tudo para que meus projetos se realizem de forma mais próxima possível ao que idealizo. Por não poupar esforços para que eu fique novamente satisfeita com algo que me frustrou tanto. Por ser esse anjo em minha vida. Por me fazer rir e levar a fic com tanta leveza e alegria.

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À todos boa leitura, segue o primeiro capítulo:

Desprezo


Citação do Capítulo:
“As dores ligeiras exprimem-se; as grandes dores são mudas.”
- Autor: Séneca -

- Capítulo 1 -
Masoquismo


"Inferno!"
Draco Malfoy desceu o punho cerrado com força sobre a escrivaninha outra vez. A respiração ofegante, fechou os olhos tentando se concentrar em algo que não fosse a dor excruciante que parecia queimar com ferro derretido por suas veias. Por que diabos ele fora, afinal? Não. Por que desgraça, Potter o convidara, em primeiro lugar? Filho da puta. Talvez ele fosse sádico. Era bem provável. Talvez a convivência com o pedaço da alma de Voldemort o tivesse tornado afeito à dor alheia. Draco desfez o nó da gravata borboleta e a atirou na escrivaninha. Distraidamente analisou as escoriações nos nós dos dedos onde ele atingira a madeira, tocando-os com a outra mão, sem ligar muito. Uma pequena palavra o livraria das marcas e da dor. Mas naquele instante a dor era boa. A dor física o distraía de outra que era muito pior... Ele ofegou, rosnando pra si mesmo em seguida. Se Potter era um maldito sádico, ele devia ser masoquista, para ficar refletindo sobre aquele inferno, aquele inferno que sempre fora a sua vida desde o primeiro momento em que vira o desprezo naqueles olhos de oceano.
Desprezo premiado. Pois, para que outra criatura - exceto um comensal da morte -, ele teria dirigido tal olhar? Desprezo. Desabotoou os punhos da camisa branca e abriu os botões da gola, tirando em seguida a casaca verde escuro, e deixando-a pendurada no encosto da cadeira de madeira escura e polida. Ele não olhou duas vezes para o quarto familiar, mas se tivesse olhado, teria visto ao seu lado uma grande cama king size de madeira ricamente entalhada, com lençóis de linho prateado e uma coberta de lã finíssima de um tom verde cuidadosamente diferente de qualquer tom que lembrasse esmeraldas, e acima dela, uma rica tapeçaria onde estavam bordados com precisão mágica, o emblema de Slytherin e o brasão dos Malfoy. Do outro lado, uma porta da mesma madeira e trabalho, dava acesso a um closet. Sobre o chão de mármore negro se estendia um longo tapete espesso e alto cor de creme e na parede de rocha a única entre as quatro, na qual se incrustava a lareira, havia acima dela um quadro, uma pintura dos Malfoy há muitos anos atrás, ocupando todas as atenções do quarto. A sua esquerda a parede não passava de estantes de madeira embutidas do rodapé ao teto, recheadas dos mais variados livros, de todas as formas, tamanhos, cores, idades e línguas. E à sua direita diagonal, entre a lareira e o closet, na quina do quarto, brotava do mármore negro do chão, contra a madeira escura de uma parede e a rocha cinza chumbo da outra, uma plataforma circular que fazia um pequeno degrau antes de subir num grande ofurô no qual a água já fervilhava, derramando odor de sais suaves.
Mas a única coisa naquele quarto que lhe atraía a atenção agora era o imenso espelho à sua frente, entre a escrivaninha e a porta de vidro que dava acesso à sacada. De quem eram aqueles olhos? Não os seus certamente. Seus olhos estavam sempre carregados de desprezo, como se aquele olhar do maldito garoto tivesse ficado aprisionado neles. Mas não agora. Não agora que acabara de voltar de... não agora. Agora eles estavam vazios, vazios como se a dor fosse tão grande que não restasse mais nada. E ele se odiava ainda mais por isso. Por que deveria sofrer? Isso era absolutamente ridículo. Sofrer como uma garotinha apaixonada. Por malditos dez anos. Ele não tinha motivos pra sofrer. Tinha reerguido sozinho o nome dos Malfoy da lama, através de seu trabalho duro e esforçado. Logo assumiria o lugar do pai nos negócios, já conhecia todas as empresas e propriedades Malfoy como a palma da mão. Era respeitado, admirado e reconhecido na sociedade bruxa. Tinha acabado de construir sua própria casa, a primeira, tinha criados para servir-lhe qualquer necessidade que ele tivesse, tinha pessoas que morreriam para estar ali agora, naquele quarto com ele. Todas. Menos uma. Ah sim, e isso o fez sorrir com o gosto amargo que lhe trazia, até ela, até mesmo ela, ficaria satisfeita de estar ali, mesmo na noite em que... Mas não ele. Nunca ele. Nunca desejara sequer sua amizade, por que então...?
Ele encarou os olhos prateados no espelho, e o que o viu o deixou tão furioso que zombou deles.
"O que mais vocês querem? O que?"
Exclamou agarrando a moldura prata do espelho como se fosse arrancá-lo.
Uma leve batida a porta o trouxe de volta a realidade. Seu pedido havia chegado.
...
E mesmo enquanto ouvia os gritos e gemidos misturados aos seus, animalescos, subumanos, mesmo quando tentava acabar tudo na violência e prazer insano daquele instante, na água quente que espirrava pelo seu corpo a cada baque intenso, na maciez, no calor. Mesmo ali sua mente o traía, e tudo que ele conseguia pensar era como os cabelos negros curtos eram parecidos, como os olhos verdes brilhantes de delírio eram quase no tom certo, como a pele alva e magra, apesar de feminina, tinha quase a curva exata, esguia. E ele sabia exatamente por que havia dado instruções tão específicas. Mas isso jamais admitiria. Que ele sabia exatamente como eles estariam agora, e que ele queria mais que tudo no mundo, estar há cem léguas dali, no lugar dela.

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Espero os comentários :D

2 comentários:

  1. Oi, moça!!

    Começando a ler essa fic.
    Fiquei curiosa com esse primeiro capítulo, que não diz muita coisa...

    Sempre que possível, continuarei a ler os capítulos e comentá-los.

    Beijos e até o próximo!

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  2. Wow, isso foi arrebatador, mesmo! E eu sou uma pessoa bastante exigente, acredita! Sendo uma escritora eu própria (apesar de mais nova), tenho uma grande tendência para avaliar a escrita de outros e devo dar-te os meus parabéns! Esse seria o tipo de início num livro que deixaria qualquer um com vontade de virar a página o mais depressa possível. É claro que sendo eu portuguesa, existiriam aí expressões e formas de dizer coisas imperdoáveis, como: "(...)da gravata borboleta e a atirou na escrivaninha.". Acredites ou não não faz o menor sentido, seria "(...)atirou-a(...)". Digo isto, claro, calculando que sejas brasileira. Desculpa o comentário longo, mas bolas, isso ficou bem feito, é a primeira fic que vejo que se centra em algo mais do que a história, preocupa-se também com a escrita e isso é importantíssimo. Agradeço-te por esse refresco na minha forma de ver fanfics :D

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