AVISO AOS NAVEGANTES:
Aqui está sendo postada uma fanfic de Harry Potter, com ship Draco/Harry.
Não gosta? Não leia.
Gosta? Seja bem vindo e, por favor, comente!
Sim, essa é a mesma fic que estava sendo postada no fanfiction.net.
Saí de lá, pois o site não me deixava adicionar novos capítulos nem escrever uma nova história, mesmo depois de fazer outro profile e enviar inúmeros emails pedindo ajuda ao suporte. Espero ver todos os meus leitores do outro site, aqui!
Sejam todos muito bem vindos!
A quem ainda não leu, os capítulos se encontram organizados no Arquivo, por número e nome. Estejam à vontade para dar opiniões.
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Capítulo Onze!
já iniciei o capítulo 12, assim que estiver terminado venho postá-lo. Levou-me algum tempo decidir o que eu iria mostrar nesse capítulo. Se eu iria contar a reação apenas de um, de outro, ou dos dois, se eu mostraria Pansy, se eu mostraria a conversa entre Harry e Ginny. Se eu fosse mostrar, mostraria agora, ou depois? Como eles reagiriam, cada um? Bem, as coisas que decidi vocês verão ao lerem. Como sempre espero que gostem. Se houver alguma pergunta é só fazer. Respostas no final do capítulo. Beijos a todos!
- Capítulo 11 -
Fim de Noite
Alguns segredos deveriam ser guardados
Algumas histórias nunca deveriam ser contadas
Algumas razões não deveriam ser entendidas
Elas podem apenas gelar o seu sangue
Quem precisa de todas as respostas?
Quem aproveita todas as oportunidades?
Quem disse que a verdade vai salvá-lo?
Quando a verdade... pode ser perigosa.
- Dangerous to know -
“Está no bolso interior esquerdo...”
Draco falou, enquanto observava Harry a mexer em suas calças, meio recurvado numa posição quase abaixada, apenas de cueca, com uma expressão ansiosa. Ao ouvi-lo, endireitou o corpo, fazendo uma expressão séria, como que desconfiado, tentando esconder a surpresa de ter sido pego, não enfiou a mão no bolso que o loiro mencionara, mas o abriu com a ponta do dedo, virando de ponta cabeça. A chave dourada caiu ao chão com um estalo. Entreolharam-se como sem saber qual o próximo ato da peça. O loiro levantou e ignorando a posição defensiva do moreno, passou andando por ele e caminhou em direção a um banheiro que não estivera lá na outra noite. Verificou o relógio na mesinha ao passar. Eram duas da manhã. Não tinham dormido muito.
Enquanto lavava o rosto e molhava os cabelos, muito satisfeito consigo mesmo, ouviu o auror destrancar a gaveta e não se preocupou. Sabia que o outro não tomaria sua varinha. Quando ergueu o rosto para o espelho, Potter estava bem atrás dele, o encarando pelo reflexo. Arqueou a sobrancelha.
“Tentando me apunhalar pelas costas?” indagou, virando-se para encontrar um olhar visivelmente constrangido, mas rígido como pronto para a luta. Harry não baixava os olhos do rosto dele um centímetro para o seu corpo completamente nu. Draco nunca tivera vergonha de seu corpo. Colocou a toalhinha de rosto ao redor do pescoço enquanto passava pelo outro ignorando sua expressão de desafio. “Sabe Potter, quando tentamos pegar alguém de surpresa geralmente se tenta um truque novo.” Comentou, indo em direção a sua cueca para vesti-la. “Você sabe, apunhalar pelas costas não funciona quando já se fez uma vez. Ou duas.”
Colocou as calças e secou os cabelos, que nem assim pareciam arrepiados, eles caíam perfeitamente no lugar, embora úmidos agora.
“Hum... Estamos brincando do jogo do silêncio?” Fez um gesto em direção a parede onde uma porta tomou forma. “Vá de uma vez, criatura. Deve estar louco para ir para os braços da sua mulher...”
“Não ouse!”
Draco ergueu os olhos, finalmente olhando pra ele pela primeira vez. Havia vergonha nos olhos dele, porém não aquele constrangimento de menino que ele vira na noite anterior, era uma vergonha recheada com culpa, raiva e ressentimento. O moreno trincou o maxilar e desviou os olhos.
“Não ouse falar dela.” Completou finalmente, começando a se vestir metodicamente. O loiro soltou o ar e franziu os lábios. Oh, é claro. Ele estava se remoendo de culpa agora por ter traído sua santa mulherzinha. Se ele soubesse... Se ao menos... Grunhiu pra si mesmo. Não. Não ia mais interferir. Tinha acabado, finalmente. Agora tinha uma lembrança, algo para apaziguar aquele desejo humilhante, e não precisaria mais se rebaixar. Então sem pressa alguma, ele tornou a se sentar na cama, e apoiado no espaldar alcochoado deixou-se observar o outro enquanto se vestia. Cada marquinha que via na pele dele, lhe trazia lembranças de uma cena diferente. E ele sorria. Quase riu quando percebeu que havia certa dificuldade em alguns gestos do moreno, que às vezes franzia o cenho e parava por um segundo antes de continuar. Quanto mais olhava, mais depressa o outro se vestia, incomodado.
“Vai ficar tímido agora...? Não estava tímido ontem.”
Lembrou, sorrindo. O griffinório parou, apertando os dedos ao redor da varinha de um jeito que fez saírem faíscas vermelhas dela.
“Cale a boca Malfoy.”
Mandou, jogando as vestes sobre os ombros. Então franziu a testa e o olhou, como se esperasse encontrar nos olhos cinzentos alguma resposta. Sua expressão vacilava entre o furioso, indignado e culpado.
“Por que, Malfoy? De todas as pessoas... Porque tinha que...” soltou o ar, virando-se de costas pra ele e marchando em direção a porta. “Acho que eu sei a resposta, você é um cretino sádico, ponto.”
Foi a vez de o loiro trincar o maxilar. Num gesto ágil, ele estava à frente do outro, segurando a mão dele na maçaneta, impedindo-o de abri-la. O outro ficou tão surpreso que largou a porta, e aproveitando-se, Malfoy o jogou contra a parede, segurando-o pelos ombros. Não havia humor em seu rosto.
“Não ouse você...” rosnou. “... Me tratar como o lobo mau agora. Você veio até aqui por que quis. Eu não te obriguei a nada, Potter. Nada.” Declarou, sério, a raiva esfriando para a feição gelada de sempre. “Você queria tanto quanto eu.”
O outro parecia ainda mais indignado ao ouvir aquilo, se debateu um pouco tentando se soltar, então se controlou, para não socar o loiro.
“Foi uma armadilha! Você me atraiu pra cá! Me trancou nessa sala, roubou minha varinha, me chantageou e vem me dizer que eu fiquei por que quis?!”
Ao invés de responder, cravou os dedos em seu maxilar, pressionando a palma contra a garganta, prendendo-o na parede, enquanto outra mão se enfiava pelo bolso da calça dele. Por um instante os olhos verdes se arregalaram, assustados outra vez, mas o que o loiro lhe mostrou fez com que toda a luta cessasse. A garganta morena se contraiu, engolindo em seco e Draco o soltou se afastando dele com o objeto na mão.
“Eu encontrei no seu bolso quando acordei pela primeira vez...” Falou, remexendo no objeto, com um sorriso torto. Encarou o olhou, subindo a sobrancelha. “Estava com você o tempo todo.” Declarou, esfriando a expressão. “Poderia ter destruído a minha ‘armadilha’ como você diz, você só tinha que me nocautear e explicar a alguém como entrar. Teve muita chance pra isso.” O que ele tinha entre os dedos era um pequeno espelho oval que agora Potter encarava como se pudesse queimá-lo, como se tivesse vida, rodando entre os dedos alvos do loiro.
“Eu não...” murmurou estático, obviamente sem saber como fora se esquecer daquilo. Tinha os olhos vazios. Sim, Draco tinha ficado muito surpreso ao descobrir o objeto, vasculhando as roupas do outro pela manhã. Ele sabia o que era, pois no momento em que o mirou, encontrou não sua fisionomia, mas olhos de mel fitando-o com ansiedade. Olhos com longos cílios ruivos, olhos... Dela. Da surpresa passou ao deleite no mesmo instante. Estava ali, entre seus dedos a prova, a prova de que o outro tivera toda a oportunidade para fugir. Mas não o fizera.
“Então agora...” continuou como se não tivesse parado, se levantando e aproximando do outro de novo, pressionou o espelho contra o peitoral dele, deixando que o pegasse, fitando os olhos verdes. “Não venha me dizer, que eu o obriguei. Não vai me convencer Potter. Ah... Está se sentindo culpado?” indagou sorrindo.
Quanto mais se aproximava, mais a tensão como eletricidade estática crescia no outro. Recostou a testa na dele e podia sentir os músculos do outro tremerem no ar a sua volta, prontos para lhe socarem a face, revertendo toda a culpa e frustração em raiva. Agarrou-lhe a mão e a desceu rapidamente, para o meio de suas pernas, fazendo-a apertar o volume ali, sobre a calça. “Era isso que você queria, Potter. Um auror não esqueceria de ter um comunicador no bolso. Você só precisava de uma desculpa, estava louco para ser minha m...”
O soco lhe interrompeu as palavras, ele se afastou um passo, revirando os olhos enquanto esfregava o queixo.
“Faça como quiser. Quer me culpar? Culpe. Mas você não pode negar a verdade.” Então acrescentou, ao ver a expressão do outro tão repleta de emoções que não saberia definir. “Ela não gostou muito... Sabe? De saber que você estava comigo.”
O medo ganhou domínio.
“O que você disse a ela...? O QUE, MALFOY?!”
Vociferou, pronto para avançar sobre ele de novo. O loiro deu de ombros enquanto ia vestindo a camisa.
“Nada demais... apenas a verdade.” Ainda estava abotoando a camisa quando outras mãos agarram-lhe o colarinho. Potter parecia a ponto de explodir de raiva. A varinha foi apertada contra seu pescoço e o loiro torceu os lábios, descansando as mãos ao lado do corpo. “Isso tudo é medo de ela saber o que aconteceu aqui?” indagou com a sobrancelha arqueada. Se ele soubesse... “Bastante honesto da sua parte. Agora solte a minha camisa antes que termine de amassá-la inteira.” Não houve alteração, a não ser pelo fato dos dedos apertarem-se mais no pano. O loiro percebeu então que o forçara demais, ia acabar sendo amaldiçoado se o outro não baixasse os ânimos. “Não disse nada demais, já disse testa-rachada. Só disse que você estava comigo, a desculpa que vai inventar não é da minha conta.” Falou enquanto tirava as mãos dele de sua camisa, puxando-as uma, depois a outra e terminando de abotoar, cuidadosamente, verificou então os punhos e tornou a olhá-lo. “Eu preciso terminar de me vestir. Você pode decidir o que vai fazer logo de uma vez?” indagou, as sobrancelhas erguidas.
Quando baixou a varinha, o cenho franzido, havia uma expressão no rosto do outro de completa decepção. Ele balançou a cabeça e se afastou, parando e tornando ao olhá-lo, havia raiva, asco e desistência nos olhos verdes.
“Se você tivesse feito isso por qualquer outro...” balançou a cabeça de novo, soltando o ar e deslizando os dedos pelas mechas negras. “Você é muito pior do que eu pensei. Eu achei que você tinha mudado, mas você não mudou nada. Eu tenho nojo de você, Malfoy.” Declarou, com o maxilar trincado. Draco sorriu, baixando os olhos e voltando a olhá-lo com aquele sorriso suave, quase... Satisfeito. Quase. Era bom ver as coisas de volta ao lugar onde pertenciam. Vendo que ele não respondia, o griffinório se adiantou para a porta, parando apenas um instante ao segurá-la para dizer. “Espero que esteja satisfeito com a sua vingança.” E saiu.
Malfoy riu baixo e se abaixou para pegar suas vestes, começando a colocá-las.
“Nunca, Potter... Nunca.” Falou consigo mesmo enquanto saía, depois do outro, com um sorriso largo e completamente deliciado na face. Pela primeira vez, não sentia frio.
Quem precisa de todas as questões?
Quem perdeu sua direção?
Quem disse que uma mentira vai parti-lo?
Quando uma mentira... Pode ser perigosa.
Quem perdeu sua direção?
Quem disse que uma mentira vai parti-lo?
Quando uma mentira... Pode ser perigosa.
Ignorância é melhor
Você está a salvo quando você resiste
Não há segurança
Em um beijo como esse
É perigoso
Então me beije
Me beije
Você está a salvo quando você resiste
Não há segurança
Em um beijo como esse
É perigoso
Então me beije
Me beije
“Foi bom pra você, Potter?”
Harry estacou sua caminhada nos jardins de Hogwarts e se virou na direção da voz com a varinha em punho. Da voz feminina. Pansy Parkinson o observava com um sorriso muito divertido, os braços cruzados, recostada numa pilastra ao lado das escadarias do castelo, escondida nas sombras. O moreno sentiu o coração disparar, martelando ao ouvi-la e um flash rápido em sua cabeça de olhos cinzentos e lábios em seu pescoço. Ele engoliu com força. Ainda não tinha se recuperado do que acontecera, não conseguia entender tampouco. Todo o seu corpo tremia, ele tinha dores em lugares que... Trincou o maxilar.
“Parkinson? O que você está fazendo aqui?”
Ele indagou, apertando os dentes outra vez. Ela riu um riso melodioso e divertido e se desencostou indo até ele, ele apertou a varinha na mão cada vez mais forte a cada passo que ela dava.
“Vocês demoraram bem mais do que pensei.”
A garota fixou os olhos na garganta dele e seu sorriso aumento.
“É... Acho que foi bom sim.”
Acrescentou, parecendo mais satisfeita do que nunca. O moreno se sentiu corar profundamente e ergueu mais a varinha.
“Cale a boca, Parkinson. Se eu fosse você sumiria logo daqui antes que eu decida te fazer dar uma voltinha no Ministério.”
Ela não parecia nem um pouco abalada. Ela sabia... Sabia de tudo? Estava lá fora, esperando por Malfoy, para lhe dar os parabéns para... Respirava com dificuldade agora. Nunca se sentira tão humilhado em toda a sua vida. O loiro lhe fizera uma armadilha e ele caíra como um pato, ainda por cima... Ele... Rendera-se nos braços dele como uma mulherzinha, não fugira, não protestara, não o socara até a morte como deveria ter feito. Fez papel de retardado e deu motivos para Malfoy rir dele o resto da vida. As narinas dilataram e ele desviou os olhos, recomeçando a andar para os portões. Se o loiro pretendia se vingar, tinha conseguido. Harry se sentia tão indigno que não era capaz de olhar Parkinson nos olhos. Às suas costas, ouviu-a acrescentar enquanto ria de novo.
“Cuidado ao andar até em casa, viu? Se eu fosse você não me sentaria por uns dias. A propósito... Peguei meu animal de estimação de volta, espero que não se importe.”
Animal de estima...? O moreno voltou a estacar, entreabrindo os lábios.
“... ele é o ilusionista perfeito. Uma ilusão tão perfeita que nós não conseguimos ver a diferença. Eles não tem originalmente essa marca.” Explicou, apontando a meia lua. “De onde quer que tenha vindo, o dono anterior deve tê-lo marcado assim para não perdê-lo. Não há animal igual a eles.”
A voz de Luna fez eco em sua memória enquanto ele permanecia parado por um segundo. Ele se virou para a outra, num gesto brusco, porém Parkinson havia desaparecido. Aquela maldita, desgraçada e aquele filho da puta! Mas não podia. Ela não poderia ter conseguido... Como? Abriu os portões de ferro com estrondo a um gesto da varinha e desaparatou no instante em que pisou fora dos terrenos do castelo. O Ministério estava completamente vazio, a não ser por alguns guardas no balcão. Assim que saiu do elevador no andar correto, disparou pelos corredores, correndo em direção a sessão de animais mágicos onde deveria estar... Abriu a porta com força e encarou a escrivaninha de Flynn. A caixa que ele conjurara horas antes estava sem a tampa e vazia. Caminhou até ela com os músculos tremendo no esforço de se conter. Dentro havia um bilhetinho dobrado. Ele desdobrou o pedaço de pergaminho e leu:
“Espero sinceramente que não tenha se divertido essa noite. Eu me diverti. Peguei meu bebê de volta, espero que não se importe.”
Enquanto ainda refletia, repentinamente o pergaminho incendiou-se e ele só teve tempo de soltá-lo, com um xingamento. Aos seus pés, o bilhete virou cinzas. Não havia nada que ele pudesse fazer para recompô-lo. Sentiu tanta raiva, que teve que se sentar. A sensação dolorida que teve ao fazê-lo não ajudou a acalmar a raiva. De repente, começou a arrancar as vestes e a camisa, ofegante, caminhou até o banheiro do escritório e se mirou no espelho. O maxilar trincado, a respiração ofegante de ódio. Sim, ódio. Havia muito tempo que ele não sentia aquele ódio venenoso e pungente de Malfoy. Ele tinha conseguido acordar aquele sentimento.
Apoiou-se na pia, apertando os dedos no tampo de mármore até ficarem brancos enquanto tremia no esforço de se controlar. Como ele pôde por um minuto pensar que Malfoy da sua maneira doente e torta poderia...? Flashes estouravam em sua mente angustiada. Sorrisos leves de canto de boca, olhares de esgoela, palavras, conversas longas sobre nada em especial, sobre tudo que importava, aquela noite, e agora. Não chore. Falou para si mesmo com determinação. Faça o que faça, não chore. Agarrou a varinha no bolso da calça e começou a desaparecer com as marcas uma a uma, com tanta raiva que não sabia como não tinha se atado fogo sem querer. Pouco a pouco foram sumindo, os dedos dele, os lábios dele, seus dentes, seu toque, suas marcas... Agradeceu mentalmente a Hermione por ensinar a ele uma gama de feitiços básicos de cura. Soltou o ar e tornou a apoiar-se na pia, cabeça baixa, respirava em haustos, os olhos fechados.
Assim como as marcas, a dor também havia ido embora abrindo mais espaço para a raiva. Ele havia sido usado como um joguete. Por que, por que não impedira o outro? Não conseguia responder. Se Malfoy queria vingança ele havia conseguido. Estava humilhado. Principalmente porque o sonserino tinha razão. Ele podia ter fugido, todavia não o fizera. Ficara. Ficara junto ao outro, permitira que ele fizesse o que queria, até participara!
Olhou o relógio. 03h00 da manhã.
Enfiou a mão pelos cabelos. Por Merlim. Como ia encarar Ginny depois do que fizera? Não. Depois do que ele fizera. Ergueu os olhos amargos de raiva para o espelho. Pareciam em chamas. Tendo ou não tentado escapar não mudava o fato de que Malfoy o emboscara. Ele o confundira, abusando dele. O auror não podia ser responsabilizado por isso. Podia? Então era isso. Era o que ia fazer. Aquela noite nunca acontecera. Não poderia ter acontecido, na lógica de todos os pontos de vista. Não fazia sequer sentido que de todos os meios possíveis tivesse escolhido justo aquele para se vingar. Ah, sim. Era o mais degradante. Contudo de outras formas ele não teria que ter se envolvido assim. Como ele pudera realmente por um segundo acreditar... Ter compaixão? Não sabia. Devia saber que Malfoy jamais...
Os pensamentos vinham desordenados, misturados a imagens de mãos, lábios, mechas louras, pele fria. Sentiu ojeriza por si mesmo. Enfiou a cabeça sob a torneira e encharcou os cabelos. Só então se reergueu e saiu do banheiro. O que ele precisava fazer quanto a Allásson só poderia ser feito no dia seguinte. Quando deixou o ministério foi com a firme decisão de esquecer as últimas horas e com uma sensação aguda e ignorada em seu estômago dizendo-lhe que não poderia.
Como o a forma em que eu me sinto,
De que está tudo bem em roubar
o que eu preciso de você,
que posso fazer o que eu preciso fazer,
dizer o que eu preciso dizer,
ir aonde eu preciso ir,
e isso é perigoso,
perigoso de se saber.
De que está tudo bem em roubar
o que eu preciso de você,
que posso fazer o que eu preciso fazer,
dizer o que eu preciso dizer,
ir aonde eu preciso ir,
e isso é perigoso,
perigoso de se saber.
Draco vestiu a regata branca e se olhou no espelho. Não sabia bem o que procurava. Talvez quisesse saber se teria algo diferente. Não havia. Olhos cinzentos e impassivos o encaravam de volta. Além daquele calor que não parecia deixar sua pele, não havia mudanças.
“Dr...Draco”.
A lembrança veio com um torcer de lábios, com malícia e satisfação. Sabia que os gritos ecoariam em seus ouvidos por muito tempo.
Pansy havia acabado de sair. Disse que a cara de Potter ao ir embora já alimentava sua vingança. Draco estava tão delicado que provavelmente encontraria um humor obscuro em qualquer coisa que ela dissesse. Pouco antes de ir, ela lhe perguntara se havia sido como ele imaginara. Revirara os olhos e a mandara embora. Quando ela se foi, ele sorriu.
Havia sido melhor.
“Muito melhor”.
Repetiu-lhe seu reflexo. Aquela noite ele foi dormir com a sensação de que dormiria sem pesadelos pela primeira vez em muito tempo.
Notas:
Música: Dangerous to know – Hillary Duff
Sobre o espelho: não sei se eu falei a vocês sobre isso no cap anterior. Mas todos se lembram do espelho que Harry ganhou de Sirius? Aquele que ele e James – pai de Harry – usavam para se comunicar a distância quando estavam em detenção. O espelho funciona como uma câmera, se olha no espelho, mas não se vê o seu reflexo, mas o da pessoa que está com o outro espelho e conseguem se falar. Eu mencionei em um capítulo anterior que Hermione descobrira como reproduzir aqueles espelhos para Harry, que ele achou uma excelente forma de comunicação entre os aurores. Antes de ir embora, no capítulo 10, Rony pergunta a Harry se ele está com o seu espelho. Este responde que sim. Rony teria dado o espelho a Ginny para que ela pudesse ficar em contato com Harry aquela noite.
Respostas aos últimos comentários no blog:
Hans: Não vou nem comentar o que você disse -q
Depois você apanha e não sabe por que.
Ele sentiu dor sim criatura u.u
rum.
pare de fazer graça em momentos solenes.
Kev: Fico muito feliz que tenha gostado meu lindo. Obrigada pelos elogios. Mandarei sim xD também gostamos muito de você bebê.
Sempre que puder vou postando.
Obrigada por comentar,
sabe que sempre fico muito feliz
em ver seus recados.
Saudades,
(L)
h_almeida : hahaha, desculpe a demora, foi difícil. xD ahhh então atingi meu objetivo, já fico feliz.
Eu prometi a mim mesma que essa cena seria uma das melhores que já escrevi. Por isso me dediquei bastante. Também é difícil por que as pessoas tendem a esperar que Harry seja o ativo, embora isso seja tão incompreensível pra mim. Por isso quis também provar que Draco podia sim ser o ativo, que na verdade pra mim, ele sempre deveria ser xD
Obrigada pelos elogios!
são os comentários de vocês que me incentivam a continuar. Se demoro não é por descaso, pelo contrário, é por perfeccionismo demais, por não querer postar nada que não esteja perto da satisfação.
Beijos !
Lisa: Você é uma safada descarada u.u que não me fala seus comentários nunca, só me promete que vai falar e nunca fala.
*bico*
vou começar a praticar tortura.
Elilyan Andrade:
Vi a música que você falou e gostei muito, xD
Queria mesmo que fosse assim, creio que como eu me sinto exatamente como eles quando escrevo, talvez por isso consiga passar para vocês, a ansiedade de Draco e - por que não? - de Harry também. Espero que continue gostando!
Sobre o casamento do Draquinho xD
Astoria não entra na história ainda. Até por que, Draco só se casou bem mais tarde do que Harry pelo que dá a entender, por seu primeiro filho ser Scorpius, da idade do filho do meio de Harry.
Tenho muito a que pensar sobre como colocar isso ainda.
ps.: o mais engraçado é que assisti o filme SÓ no dia seguinte. xD daí vi a cena do Snape e lembrei e fiquei pensando: errr, então. xD
fazer o que neh. Acho que tinha gravado do livro no subconsciente, preciso ver se isso realmente acontece lá também.
Monica Dias:
Ahhh, você está aí! *rindo*
fiquei pensando o que tinha acontecido, já que depois do seu comentário no primeiro capítulo, não comentou mais. Temi que tivesse desistido. Fico muito grata em saber que não!
Que bom que gostou do cap.
E Harry não está sempre em negação?? Ele nunca aceita as coisas xD Ao contrário de Draco que toma as rédeas e enfrenta mesmo que não goste.
Não, não creio que foi coisa da sua cabeça. Realmente foi um momento em que ele queria ver nos olhos do outro o que ele estava sentindo. Para ele? Tesão. Para nós? Romantismo. xD E não vai ser sempre assim?
Quanto a Ginny... velhos hábitos são difíceis de morrer.
Aguarde!
beijos!
*foge*
ResponderExcluirAAAHHH
*volta*
Ok, ok, certo. A culpa é sua, pelos momentos em que eu leio. E sei lá, o que eu poderia dizer sobre esse capítulo? Primeiro de tudo, adoro a Pansy, ela me faz rir demais. Eu deveria ter um fake Pansy. Ou será que os meus já dão conta do recado? Continuando...
Parabéns, sua escrita é boa, como sempre. Bom, isso podemos ver em vááários momentos. Eu gosto do jeito que as cenas se desenrolam, essa desenvoltura que eu não sei explicar direito, a fluidez. Enfim, você compreende?
E não me mate nem torture nem... sei lá. *sai correndo de novo*
*volta rapidinho*
Keeeevinn, lindo, sumiu do msn mas a gente te ama mesmo assim. Beijoooo!
*finalmente some*
Mais uma vez meus comentários infames, mas é que essa cena me lembrou essa daqui:
ResponderExcluir"Dois homens morrendo de frio numa cabana, então o moreno puxou o loiro atrás de si e fez os braços do loiro o abraçarem. Daí, o loiro acordou assustado e se ergueu cheio de raiva. O moreno também. Eles se olharam entre haustos. O loiro então jogou o moreno de quatro em sua frente, abaixou as calças dele e meteu.
No dia seguinte, o loiro montou no seu cavalo e foi cuidar das ovelhas, raivoso, sem dizer uma palavra para o moreno. Tempos depois, o moreno apareceu no campo e se sentou ao lado do loiro. Eles não se olharam. Mas o loiro falou, enquanto olhava as ovelhas.
- Eu não sou viado.
- Eu também não. - Disse o moreno.
- Isso não vai mais acontecer. - O loiro completou.
Moral da história: na mesma noite, eles se comeram de novo"
(cena tirada da primeira cena de sexo de BROKEBACK MONTAIN)
ISAUHSAIUASHIUASHSIUHASUAHSIUASHISAUHASIHASIUSHIUSHISAUHSAIUHSAIUSHAIUSAHSAIUHASIUAHSIUASHIUASH
HARRY, QUERIDO, EU SINTO DIZER QUE TENHO A IMPRESSÃO QUE JÁ OUVI ESSA HISTÓRIA ANTES!!! E EU JÁ SEI O FINAL!!
\o/ \o/
ResponderExcluirO dia seguinte!
Quero ver qual será a desculpa do Draco quando ele voltar a sentir vontade de agarrar o Harry e de prensá-lo contra a parede mais próxima *o*. Quero ver logo ^^'!!!
E acho que, além do Harry, logo teremos o Draco em negação.
Teremos cenas de ciúmes O.O?? Adoro cenas de ciúmes ^^!!!
Ahhhh, então, eu continuo lendo. Estou gostando muito dessa fic. Muitas vezes leio quando estou caindo de sono e não consigo comentar e acabo esquecendo! Gomen ^^"!
Comprei "O nome do vento". Mas ainda vai demorar um pouco para eu o ler. No momento estou ocupada com "A tormenta de espadas" (840 páginas T.T! Que emoção Ç.Ç!!!). Depois te conto o que achei do livro, ok? Mas, pelo que você falou, acho que irei gostar ^^!
Beijos e até o próximo!