AVISO AOS NAVEGANTES:
Aqui está sendo postada uma fanfic de Harry Potter, com ship Draco/Harry.
Não gosta? Não leia.
Gosta? Seja bem vindo e, por favor, comente!
Sim, essa é a mesma fic que estava sendo postada no fanfiction.net.
Saí de lá, pois o site não me deixava adicionar novos capítulos nem escrever uma nova história, mesmo depois de fazer outro profile e enviar inúmeros emails pedindo ajuda ao suporte. Espero ver todos os meus leitores do outro site, aqui!
Sejam todos muito bem vindos!
A quem ainda não leu, os capítulos se encontram organizados no Arquivo, por número e nome. Estejam à vontade para dar opiniões.
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Quinto capítulo. Aqui passo a explicar um pouco mais da relação Harry/Draco/Ginny, como sempre espero que gostem e me dêem suas opiniões. O próximo capítulo já será inédito. Boa leitura a todos:
- Capítulo 5 -
Perfume de mulher
“É impossível exprimir a perturbação que o ciúme causa a um coração em que o amor ainda se não tenha declarado.”
- Autor: La Fayette , Marie -
Movimento. Suave tom vermelho. Perfume de mulher.
Ele a viu antes que se desse conta do que via. Um tom de malícia lhe torceu os lábios num mínimo sorriso. Ela se curvava sobre si mesma, ajeitando o fecho da sandália que lhe envolvia o tornozelo com delicadas tiras cruzadas, o pé sobre a estrutura metálica da cadeira. O vestido trouxa tão alvo quanto a sandália, em corte grego. Contrastando com os cabelos de tom rubi. Não podia negar que isso sempre admirara nela. Os longos fios levemente ondulados e soltos pelos ombros não eram daquele tom alaranjado e desbotado da maior parte da família. Não. Os dela eram de um rubi profundo cujos vários tons de vermelho iam sendo desvelados à luz branca e mortiça da grande loja. Olhos de mel subiram para encarar os seus sem que tivesse tempo de disfarçar ou sequer percebesse a forma como estava estranhamente parado no meio do corredor do elegante shopping: o corpo ainda virado como se ele fosse continuar andando, a cabeça na direção da porta, as mãos congeladas num gesto que se perdera. Ela sorriu.
Draco se endireitou e a observou enquanto ela se aproximava. Ela não tinha o andar elegante, suave e refinado das mulheres da sua classe, mas tinha um modo de andar esguio, balanceado, uma graça feminina exacerbada de quem sabe o que faz. Além disso, a loja não era um local onde ele esperaria encontrá-la. Ficou surpreso que o trabalho dela como promoter bruxa e a posição do marido como chefe da seção de aurores fossem suficientes para que ela estivesse ali agora, comprando roupas de grife pelo que ele supunha ser a primeira vez na vida. Tinha que admitir. Caíam-lhe bem. Balançou a cabeça e por fim ele também sorriu. Ainda lembrava-se da última e única vez em que estiveram sós. Ele ainda não entendia. Não. Mas mesmo assim tinha valido a experiência. Descobrira do que realmente se tratavam todas as suas ações e palavras doces. Descobrira como trabalhava sua mente e os desejos de seu coração leviano.
"Malfoy."
Ah. Como um único par de lábios podia produzir tantos tons quentes num único nome? Não. Realmente não podia negar que o griffinório tivesse motivos pra estar com ela. Só eram... Os motivos errados. Ela não era dele. Nunca fora. Ela era um pouco de cada aventura maravilhosa que pudesse ter no mundo. Não.
"Weasley."
O tom de sempre. Era algo no modo de franzir os lábios e arquear as sobrancelhas, dando um ar de desprezo e tédio ao mesmo tempo. Uma arte. Gina sorriu, como quem conhece o truque do grande ilusionista.
"Não esperava te encontrar aqui."
O sonserino franziu as sobrancelhas.
"Acho que essa fala é minha."
"Disseram que você anda trabalhando muito." a ruiva rebateu com mesma rapidez.
Um leve arquear de sobrancelhas.
"Desde quando lhe interessa o quanto eu trabalho?"
"Não interessa. Só disse que não esperava vê-lo aqui."
Encararam-se. Ele podia ver nos olhos de mel dela que ela também se lembrava da última experiência. Ah, Potter, seu retardado, por que tinha que escolher justo ela? Justo aquela dentre todas as mulheres da comunidade bruxa que nunca ficaria satisfeita em ser só sua mulher? Ele sempre tivera razão. Aquela testa rachada o deixara mesmo com sérios problemas mentais. Ela aproximou-se mais. E o loiro a observou com desdém. Uma escorregada, Weasley. Um tropeçãozinho que seja...
"Gina?"
Droga.
Ele não precisava olhar. Conhecia aquela voz e aquele tom bem demais. Aquele tom griffinório de desafio, de posse, de leões rugindo barulhentamente pelo seu território. Argh. Animais. Não sabiam que isso só avisava o inimigo que você estava de olho nele? Idiotice. Uma palavra que combinava bastante bem com griffinório. O melhor era escorregar gentilmente da situação e deixar os rugidos para quando o citado inimigo estivesse inevitavelmente acabado aos seus pés. E ela estava... Tão perto.
Draco tirou a franja dos olhos para esconder a expressão raivosa por um segundo num gesto inocente. Desprezo ele podia distribuir. Acidez. Descompostura não. Não podia acreditar que ele estivesse lá o tempo todo, e ela ainda tivera a coragem de se aproximar daquela forma. Duas semanas de casamento! Por que é que pela primeira vez sentia aquele gosto amargo na boca do estomago ao constatar que estava certo? Ele gostava de estar certo! Então era isso. Isso já era um tropeço. Ele ia mandar uma carta. Ia mandar centenas de cartas, até que fizesse o testa rachada entender. Ele ia, ele ia... Ele ia matá-la!
Draco finalmente ergueu os olhos para o jovem casal sentindo algo ranger terrivelmente próximo de partir dentro de si. A ruiva se aproximou do marido com um sorriso quase infantil e ele a recebeu entre os braços, protetor, encarando Draco como se perguntasse a ele o que tinha aprontado dessa vez. O loiro retribuiu com descaso. Um descaso que fervia suas entranhas ao ver aqueles lábios avermelhados tocarem a garganta morena num selinho macio... Não, o pescoço não! Inferno!
"Potter."
O mesmo tom, só que diferente. Descaso não servia. Tinha que ter uma ponta de desprezo, uma ponta de raiva acumulada. O moreno franziu as sobrancelhas grossas, ainda segurando a esposa entre os braços.
"O que está fazendo aqui?"
O loiro revirou os olhos.
"Achei que já tínhamos pulado essa parte em que acha que eu lhe devo satisfação da minha vida. Como certamente não devo eu..."
"Estávamos só conversando, amor."
Amor. O que é que ela sabia do amor? Amor não tinha aquela doçura, aquele sorriso que ele ouvia em sua voz. Amor era tortura. Era uma coisa que estriparia você, que te rasgaria o corpo ao meio e te deixaria sangrando na sarjeta. Não tinha nada de bonito nisso. Não que o que ele sentisse fosse amor. Que ficasse bem claro. Embora vendo a cena, a sensação de ser estripado...
"Nos encontramos por acaso. Satisfeito, ou preciso preencher mais questões do seu interrogatório, senhor auror? Eu cometi algum crime que não estou sabendo?"
Zombar da posição de poder. Sempre eficiente. Mas não dessa vez. Diabos. O que era aquele olhar? Aquele brilho ali, bem no meio de cada esmeralda. Tristeza. Outra vez. Por que tristeza? Por que sempre tristeza? Tristeza era uma coisa aguada, muito próxima da pena para o seu gosto. Ele queria ver raiva. Ódio. Aquela paixão destrutiva que deixava claro que ele queria ser o próprio a estripar o loiro. Se soubesse que já o fazia toda a vez sem precisar mover um dedo...
"Não pretendia fazer interrogatório nenhum. Desculpe o tom, só fiquei surpreso."
Desculpe. Desde quando aquele Potter inútil pedia desculpas? Problemas mentais. Só pode ser. Memória curta? Talvez sem o Weasley e a Granger para lembrá-lo ele estivesse se esquecendo de que os dois não eram amigos, e nunca poderiam ser. Diabos. Ele devia ter esquecido já até da conversa de duas semanas atrás. A coisa devia estar piorando. Será que ela andava colocando alguma poção envenenada no caldeirão de sopa? Bem possível. Ter um marido desmemoriado pode ser uma facilidade. Ele nunca foi muito bom da cabeça mesmo. Mas ah. Por que ele queria arrancar aquela criatura esguia dos braços dele pelos cabelos e puxar Potter com ele dali da forma que causasse mais dor possível pra ele aprender a não ser idiota? Deu de ombros. O que mais podia fazer? Ir embora. Era isso que tinha que fazer. Ir embora antes que suas mãos chegassem perto demais daqueles cabelos de fogo.
"Eu li no Profeta que seu pai fez um grande acordo com uma empresa que fabrica medicamentos também pra trouxas. Fiquei surpresa."
Pela primeira vez desde que ele entrara, o loiro desviou os olhos para qualquer outra coisa.
"Parece que estamos todos surpresos hoje." comentou com sarcasmo. "Meu pai tem seus motivos e não pretendo dar satisfação deles tampouco. Agora se terminamos com o interrogatório do dia, eu tenho que ir. Como você mesma disse... Weasley. Eu tenho muito trabalho."
Sair. Sair dali o mais rápido possível. Não era masoquista. Não gostava da dor. Não quando ela não vinha sequer com a satisfação de ver a raiva, o ódio, o desprezo nos olhos dele. Sempre desprezo. Sem aquele desprezo em seu olhar ele não sabia lidar com ele. Confundia-o. E ele não se deixaria ficar confuso perto de um inimigo. Inimigos. Não-amigos. Entendeu Potter?
"Malfoy."
Inferno! Não se virou, não agora.
"Por Merlin, Potter. Desembucha de uma vez."
Que parte de: estou ocupado, você não entendeu? Confusão. Agora descontrole. Não, aquilo não ia bem.
"Obrigado pelo presente de casamento."
Soltou o ar. Algo de francês. Algo de blasé. Levou a mão aos cabelos quando a vontade era arrancar a própria cara. Ou a dele. Criatura desgraçada.
"Sem problemas... Potter."
Embora. Embora antes que...
"Terminou tudo amor?"
"Terminei sim... Vamos pra casa." e num tom que era quase nada. "tenho uma surpresa pra você."
Estacionamento à direita!
Machadinha do alarme de incêndio à esquerda... Não. Não. Direita, Draco!
Direita...
Qualquer coisa era melhor do que isso. Qualquer coisa!
"Maldição!"
Socou o volante outra vez, comprimindo mais a testa contra ele seguida. Inspirava em haustos como se esperasse que o cheiro de couro lhe desse alguma lucidez. Todo o corpo expandindo e comprimindo para ajudar os pulmões em busca de uma saída. Alguma saída para aquela dor que agora tecia caminhos pela sua garganta e se embolava em seu estomago, retorcendo seus órgãos. Não. Não. Aquilo era ridículo. Dez anos. Dez malditos anos. Ofegava já. Não. De novo não. Agarrou a gravata prateada e a puxou pra baixo, buscando por mais ar e apertando os olhos fechados. Os lábios já vermelhos. Ele sentia tanta raiva que estava tendo um ataque cardíaco. Só podia ser. Era a única explicação para aquela dor torturante que sentia.
"Droga Potter! Vai me matar agora também?"
Novo soco. Novo ofegar. Nem ser atingido pelo sectumsempra doera daquela forma. Rasgos. Rasgos por todo o corpo. E ele ainda trazia as cicatrizes. Se ele pudesse sentir aquela dor de novo! Seria melhor. Que diabos? O celular... Suspirou. Agarrou o aparelhinho e o atendeu, rosnando um alô o mais polidamente que pôde.
Suspirou. O infarto ia ter que esperar. Ele tinha negócios a tratar, não podia se dar ao luxo de enfartar no meio do estacionamento do shopping trouxa. Chega corpo! Você teve o seu momento. Trate de se controlar.
"O que...? Não. Não Evey. Eu estou indo, não desmarque minha reunião. Peça desculpas pelo atraso e ofereça a todos meu melhor uísque e bombons para as mulheres, e o licor de amora. Não. Está tudo bem, eu já estou quase aí. Diga que senti uma indisposição. Não. Não diga que saí. Estou chegando."
Girou a chave. Mais tarde. Mais tarde. Agora tudo tinha que esperar.
Um gemido baixo, suave, fino. Mechas vermelhas entre os dedos. Aquele perfume... Perfume que impregnava em seu corpo, sabia que ia senti-lo por muitos dias ainda. Não era carinhoso. Tinha desejo sim. Mas também tinha raiva. Tinha vingança. Mostrar que era melhor. Melhor que ela. Melhor que ele. Mostrar que não tinha nada demais naquele suposto amor único e maravilhoso. Era só tesão. Tesão e comodidade, como sempre. Oportunidade pra ela. Ilusão pra ele. "Draco..." Aquele sussurro estava gravado em sua mente. Será que ela sussurrava o nome dele daquele jeito também? Todavia ao olhar nos olhos de mel, notou que ela não estava pensando nele agora, era toda daquele instante. Era ele quem estava longe dali, pensando em outros olhos, em outra pele, em outros cabelos por entre seus dedos. Mas não podia esquecer que cada parte dela já estivera junto dele, já sentira o toque quente que o sonserino desejava. E era isso que ele buscava, arrancar da pele dela aquele toque, sentir ainda que uma réstia daquele cheiro, tomar o que era dele, usurpar, marcar como seu, para que quando ele voltasse sentisse na pele dela o seu cheiro, o seu toque, os seus braços. A sua marca.
Sozinho em sua sala, o loiro deixou o ar que estivera prendendo o dia todo lhe escapar. As lembranças o atormentaram durante todo o dia de trabalho. Isso o irritava profundamente. Ele estava irascível. Mal tinha prestado atenção na reunião com os empresários alemães e acabara por remarcá-la visto que não conseguia decidir nada. O resto da tarde passou entre papéis e mais papéis, documentos, relatórios, questões às quais teria que ter dado sua total atenção, mas esta voejava de tal forma que ele por fim desistiu e voltara pra casa. Seu pai tinha razão. Ele estava se consumindo. E pra que? Por que agora? Por causa... Não. Merlin! A situação toda era tão ridícula que o faria rir se não fosse a saída que seu pai lhe apresentava extremamente tenebrosa. O que ele faria? Tentaria seduzir Potter? Deus. Só de pensar já soava terrível, ele nem ousava dizer em voz alta, nem mesmo para as próprias paredes. Chegaria até Potter e diria: você vem me causando distúrbios mentais por dez anos então será que dá pra gente acabar logo com isso para que eu possa voltar ao normal? Ah sim. Isso ia ser lindo. Soltou o ar com mais força e esfregou a testa, odiando-se por se deixar entregar a tais pensamentos. Já ia levantar e se obrigar a resolver alguns dos relatórios – que deveria ter lido no trabalho - para o dia seguinte quando sentiu um toque quente, suave e familiar em seus cabelos.
"O que é que perturba a cabecinha de dragão louro?" veio o tom zombeteiro e ao mesmo tempo carinhoso. Draco sorriu.
Não poderia não sorrir. Nem se deu ao trabalho de abrir os olhos apenas se entregou aquelas carícias que pouco a pouco iam soltando sua tensão.
"Nada que lhe interesse criatura."
Falou em seu tom mais ríspido, ouvindo em seguida um riso divertido que o fez rir junto denunciando todo o propósito de sua ironia. Um corpo esguio desceu do encosto para junto dele e o loiro não se opôs, mas também não fez qualquer movimento em favor.
"O que está fazendo aqui, Pansy? É tarde."
Falou por fim abrindo os olhos e verificando o relógio. Tinha previsto certo, já eram mais de dez. Sua companheira morena apenas sorriu e se achegou a ele mais um pouco. Draco tinha que reconhecer enquanto afinal cedia, afagando-lhe o braço fino e alvo. Pansy tinha se tornado uma bela mulher. Levara alguns largos tombos da vida com a prisão de seus pais, tivera que aprender a se defender e recolher os cacos da sua vida para seguir em frente. A garota mimada, arrogante e estéril de emoções dera lugar a uma mulher forte, de língua ferina, inteligência afiada e humor sarcástico constante. Nesse crescer os dois tiveram muito em comum e as agruras desse tempo acabaram reaproximando os dois. Ela era sem dúvida uma de suas melhores amigas. Uma dos poucos que ele tinha. Os dois serviam de apoio e descanso um ao outro e freqüentemente inclusive remédio para a solidão. Saindo da fase desajeitada da adolescência, Pansy ganhara corpo, esbelteza, e por fim demonstrava que herdara a beleza delicada da sua mãe.
"Pare de rosnar, Draquinho... Tive um dia muito bom e ao que parece você não. Se não quer que eu te importune é melhor ficar quietinho." A morena rebateu.
Draco suspirou. Que adiantava dizer-lhe pela zilhonésima vez o quanto ele odiava aquele apelido? Só a faria repetir aquilo a noite toda. Ele já tinha bastante perturbação por um dia. Ao invés disso decidiu não mais repelir a amiga e esquecer tudo por alguns momentos.
"Pansy, Pansy. É melhor você ir pra casa... Antes que o pior aconteça." Proferiu em tom muito sério. Mesmo sem ver-lhe a face ele pôde sentir o corpo dela tremendo enquanto ria baixinho.
"E qual seria o pior, ó selvagem Dragão?"
O sonserino revirou os olhos, porém sorriu e continuou em língua afiada.
"Eu te pedir em casamento."
Isso fez a morena rir ainda mais, gargalhando com vontade e por fim ele riu com ela. Quando se recuperou do acesso ela tinha virado de frente pra ele sobre seu corpo e ainda tinha em seu rosto traços de riso e malícia, divertimento. Recebeu um selinho suave dela, e ela sorriu de novo.
"Não tem perigo nenhum de isso acontecer, Draquinho. Além disso, mesmo que pedisse eu não ia aceitar."
Replicou em tom ofendido, se ajeitando nele outra vez.
"Ah, não? E por que não? Por acaso não sou um bom partido?"
A outra fez uma expressão cautelosa então tocou a cabeça dele, balançando a sua.
"Sabe Draquinho, às vezes eu acho que você é um pouquinho perturbado aqui, é melhor eu não me arriscar." Ela tornou a rir e fechou os olhos. Ele a abraçou, no entanto não riu mais. Não despejou sobre ela tampouco seu ódio ferino. Ela já suportara suas pancadas verbais por tempo demais e não era sua intenção no momento feri-lo, ele sabia. Então apenas se deixou ficar.
Mais tarde enquanto adormecia na cama com os cabelos morenos de Pansy a sua frente e a mão fina na sua que apoiava em sua cintura, pensou que não adiantava mais fugir. Ou ele tratava tudo aquilo racionalmente e superava seu auto-desprezo e orgulho ferido para fazer o que precisava fazer, ou ele acabaria louco. E louco não poderia construir o futuro brilhante que tinha planejado passo a passo para si.
Afinal, aquela união já não valia nada pra ele diante do que vira hoje. Ela não mudara. E ele decidira que não se importava com mais nada. Não devia respeito a uma farsa. Que outros o iludissem se quisessem. Ele não ia fazer tal coisa. Na verdade, nada diria. Iria até ele. Conquistaria a noite de que precisava e então nunca mais pensaria no testa rachada outra vez. Nunca mais... E ao pensamento disso um alívio tão grande o envolveu que ele sentiu-se como um preso a dois passos da liberdade. Liberdade! Tão perto! Seu pai tinha toda a razão. Um homem não podia se deixar enlouquecer por um desejo. Ia cumprir aquilo se era tão desesperadamente importante para o seu corpo. E então quando este estivesse satisfeito, ele seria finalmente liberto para viver sua vida sem mais angústias. E de uma coisa tinha certeza. Depois que tivesse acabado com ele, Potter não ia rir. Ah, não.
Adoro o dom que Draco sempre usa ao proferir o sobrenome do Harry kkkkkkkkk ' Sem problemas... Potter' kkkkkkkkk adoro
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